terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Rápidas impressões sobre livros lidos em 2009 [3]

Vidas Secas
Graciliano Ramos

"Vidas Secas" é a estória de uma sofrida família do Sertão, que sai de sua cidade por causa de uma grande seca e segue em busca de um lugar para viver. Vão Fabiano, sua esposa, seus dois filhos e a cachorra Baleia caminhando num sol fortíssimo por um grande deserto. O romance começa nesse instante. Depois de muito caminhar, a família se depara com a morte, mas Baleia os salva arranjando alimentos para eles. Encontram uma fazenda abandonada e se instalam por lá, cuidando de vacas e de porcos, entre outras coisas. Eles se apegam à fazenda, o tempo melhora, começam as chuvas, tudo parece ir bem; a chuva causa uma enchente e a fazenda e a família correm perigo. Nem no sol, nem na chuva encontram descanso e estabilidade. A trama prossegue e encontra o seu fim com a família deixando novamente uma moradia e partindo para outro lugar, já sem a cachorra Baleia.

Nesta obra, Graciliano Ramos se esmerou bastante na descrição psicológica das personagens, que são pessoas rudes, simples e sem instrução, que buscam sempre por alguma coisa melhor, mas em tudo frustradas. Destaca-se Fabiano, homem austero, severo de personalidade, mas que não sabe articular sem problemas uma seqüência lógica de pensamentos. Sua comunicação se dá por gruinhos e barulhos diversos na maioria das vezes. Fabiano é homem bravo com a família, mas fraco de personalidade perante as pessoas da cidade. Não sabe fazer contas e entra em situações difíceis e humilhantes por causa de atitudes impensadas. O autor de "Vidas Secas" passa uma visão determinista da realidade, se aproximando bastante do darwinismo ao quase nivelar os seres humanos aos animais, como na comparação que podemos fazer entre a esperta cachorra Baleia e o bruto homem Fabiano. A família da estória vive uma vida muito sofrida, infeliz, sem vitórias consideráveis, vivendo ao acaso das circunstâncias e sem esperanças concretizadas. Não sei qual a intenção do autor, mas espero que não tenha sido a de descrever os sertanejos do mundo real. Pelo que sei, não conheço nenhum sertanejo, mas espero que, se sofridos, se austeros, tenham na vida muitas vitórias, e tenho certeza que não vivem debaixo de um determinismo que quase os nivela aos animais; espero que tenham esperanças concretizadas e muita dignidade.

A oração da coroa
Demóstenes

Demóstenes foi um dos maiores oradores de todos os tempos e "A oração da coroa" uma das obras primas da arte oratória. O autor se mostrou uma pessoa altamente dedicada, porque tinha problemas de dicção e dificuldades respiratórias. Para vencer a má dicção, colocava pequenas pedras na boca e discursava na praia, também com o intuito de, lutando contra o barulho das águas, acostumar-se ao barulho das multidões. Para triunfar sobre os problemas respiratórios, subia os morros da Grécia correndo e declamando poemas. Além disso, para melhorar o estilo da enunciação, Demóstenes se fechou em um porão e copiou toda a História de Tucídides. Nesses aspectos, foi um exemplo de dedicação e alcançou uma oratória elevada, mas jogou tudo de água abaixo quando se matou.

Depois de muito tempo que atuou na política da Grécia, combatendo o macedônio Filipe II, pai de Alexandre Magno, os atenienses, mais especificamente Ctesifonte, decidiram dar a Demóstenes uma coroa de louro na ocasião das encenações no teatro. A isso, o orador e político Ésquines levantou uma muito frágil acusação. Demóstenes não se impediu de esmagar todo o libelo com uma defesa de estilo esmerado, mas cuja argumentação se demonstrou impetuosa e violenta. O resultado foi que Ésquines não só perdeu a causa, sendo Ctesifonte e Demóstenes inocentados, mas o tal acusador foi mesmo condenado ao exílio.

Auto da Lusitânia
Gil Vicente

Mais um auto de Gil Vicente, humanista católico, que possui uma estruturação interessante, utilizando-se do atualmente chamado mise-en-abyme, que na prática significa uma estória dentro da outra, implicando numa mudança de nível. Os níveis da peça são três: 1) Farsa dos judeus, que conta a estória de uma família judia e do cristão, o "Cortesão", que queria casar-se com uma moça da família, a "Lediça"; 2) Fantasia alegórica, que narra o surgimento do povo português antes da formação do Estado, a partir do casamento de Lusitânia, filha de Lisibea, com Portugal, grande caçador; e 3) Moralidade, que apresenta a conversa de Berzabu e Dinato (dois diabos), num plano, e a de Todo o Mundo e Ninguém, noutro. A peça é feita em versos heptassilábicos (redondilha maior) rimados. A peça é engraçada, com forte crítica social e moral, e apresenta aspectos ecumênicos, como a sugestão representada pela vontade do cristão de casar-se com a judia "Lediça", por exemplo.

Próximas Impressões:
- A Liberdade do Cristão - Sincera Admoestação a Todos os Cristãos - Da Autoridade Temporal / Lutero
- O cão dos Baskervilles / Sir Arthur Conan Doyle

Impressões da postagem [2]:
- Vidas Secas / Graciliano Ramos
- A oração da Coroa / Demóstenes
- Auto da Lusitânia / Gil Vicente


Veja as impressões [1] e [2]

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Rápidas impressões sobre livros lidos em 2009 [2]

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Machado de Assis

A leitura desse livro é pesada, mas nela fica evidente a destreza da pena de um grande escritor. Machado de Assis sabia lidar com as palavras: frases curtas, sentenciosas, ambíguas, misteriosas, estilo senecano. Contudo - aqui muitos discordarão e eu lhes peço paciência - , Machado de Assis não é o tipo de leitura que me agrada. É um texto pessimista, que critica severamente, talvez, que expõe as mazelas da sociedade da época, talvez, mas que acaba por não nos trazer um ensinamento ou uma lição útil, positiva e verdadeira para nós. Platão já dizia que imitar o vício é fácil, mas a virtude não. O que Machado faz é imitar os vícios de uma sociedade corrompida e desvirtuada, caindo num pessimismo muito grande, porque não anuncia, literariamente que fosse, nenhuma saída. Em Machado, muita coisa é ambígua, muita coisa é misteriosa, muita coisa é imprecisa, o que acaba por nos deixar num vazio ao final das obras. Com certeza, há o prazer na leitura literária, mas penso que ela deve nos trazer sempre algo de positivo, como em Antígona de Sófocles, em que podemos entrar em contato com algumas idéias importantes, como: 1) Há leis eternas que estão acima de qualquer lei humana, feita por qualquer tirano; 2) A tirania resulta em derrota; 3) Numa sociedade em que os que deveriam falar se calam, é necessário haver alguém com pulso firme e com ousadia, para honrada e destemidamente combater a tirania; e 4) Quem se levanta contra a tirania sozinho está sujeito a padecer gravemente, mas é melhor isso que a corrupção e o medo (Antígona será comentada em outra postagem). Enfim, Machado era muito hábil com as palavras, mas, no que li dele, não nos trazia algo de verdadeiramente positivo. Por isso, e talvez por outras coisas também, a leitura não me agrada.

Auto da Barca do Inferno
Gil Vicente

Nesta peça em versos métricos, o humanista Gil Vicente nos traz um quadro em que há duas barcas à beira de um rio, uma para o paraíso, outra para o inferno. Dentro da primeira há um anjo e dentro da segunda o diabo. Com muito humor e moralismo, personagens típicos da sociedade medieval, como o fidalgo e o religioso, vão chegando junto à barca do paraíso para ir ao céu; todos se acham no direito de entrar nela; todos são mandados sem rodeios para a barca do inferno, na qual o diabo zomba e gargalha (hihihihiihi), fazendo seus trocadilhos infames. O único personagem que vai direto para a barca do inferno e não se julga digno do paraíso é o Parvo. Por isso mesmo e pela sua inocência, ele é o único a ir ao paraíso, juntamente com alguns cavaleiros que aparecem mais para o fim da obra.

Próximas impressões:
- Vidas Secas / Graciliano Ramos
- A oração da Coroa / Demóstenes
- Auto da Lusitânia / Gil Vicente


Impressões anteriores:
- 200 sonetos / Camões
- Discurso do Método / René Descartes
- O plano de Deus para a vitória / Rushdoony

sábado, 12 de dezembro de 2009

Rápidas impressões sobre livros lidos em 2009 [1]

200 sonetos
Luis Vaz de Camões

Os sonetos de Camões são obras primas da poesia. Nesses 200 sonetos pude perceber o quão tristonhos e sofridos eles são. Camões insistentemente retorna aos temas do desconcerto do mundo, da perda do grande amor e da irrevogabilidade do destino, dentre outros, tendo como palavras-chave "Fortuna", "Amor", "Razão", "Céu", "Ventura", etc. Pude notar também que Camões fala bastante de coisas relacionadas a água, como mar e rio, o que, muito possivelmente, tem por fonte a própria vida do autor, que perdeu a sua amada Dinamene em um naufrágio. Notifique-se também que Camões se utilizava bastante da mitologia greco-romana e, quanto à forma, de expressivas antíteses de termos e de idéias.

Discurso do Método
René Descartes

Famosa obra filosófica em que o autor lança as bases do racionalismo ocidental, buscando estabelecer um método pelo qual o homem pudesse conhecer toda a verdade, inclusive a sua própria existência. O método se divide, grosso modo, em quatro níveis: 1) Não aceitar nenhuma proposição como verdadeira sem que ela se apresente tão evidente e clara que não haja motivo para duvidar. 2) Dividir os problemas mais difíceis de se compreender em partes tão pequenas quanto o necessário. 3) Conduzir as investigações de forma crescente, começando sempre do que é mais fácil e elementar e prosseguindo, conforme a compreensão é fundamentada e acrescida, para os níveis mais complexos. 4) Estabelecer definições e conceitos tão gerais e completos dos quais não possa duvidar de haver incluído todo o necessário neles. Destaque-se que Descartes, embora propusesse colocar todo o conhecimento ainda não fundamentado em dúvida até que se lhe estabelecesse, não enunciava a necessidade de pôr todo esse conhecimento de uma vez em dúvida, mas, pelo contrário, as alterações epistemológicas deveriam ser graduais, como quando alguém reforma uma cidade prédio por prédio e não demolindo todas as casas de uma só vez.

O plano de Deus para a vitória: o significado do pós-milenismo
R.J. Rushdoony
Nesse livro Rushdoony critica forte e, por vezes, agressivamente as vertentes teológicas cristãs pré-milenista e amilenista. Para ele, os que acreditam que Jesus pode vir a qualquer hora buscar a sua igreja levam uma vida desinteressada nos âmbitos cultural e social, não combatendo neles. Para o pós-milenismo, nenhum poder será dado a Satanás e o Reino de Deus será estabelecido na terra quando o cristianismo verdadeiro se impuser, pelo esforço dos cristãos, em todas as áreas da sociedade. Apesar da veemente crítica, Rushdoony não apresenta nenhuma razão necessária que evidencie a veracidade do pós-milenismo e a falsidade do pré-milenismo e do amilenismo.

Próximas impressões:
- Memórias Póstumas de Brás Cubas / Machado de Assis
- Auto da Barca do Inferno / Gil Vicente

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A paz com Deus


Aos Romanos 5:1
"Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;"

I
No texto escolhido para a exposição, Deus, através do apóstolo Paulo, nos ensina verdades importantíssimas para a nossa vida. E verá o leitor, talvez com desgosto, talvez com prazer, mas com certeza com proveito, como a fé é séria, a justificação necessária e a paz imprescindível.

Após dissertar sobre a ira de Deus, a impenitência dos judeus e a justificação pela fé, Paulo nos afirma, concluindo, no capítulo 5 da carta Aos Romanos, versículo 1, que o ser humano é justificado pela fé. Daí nós podemos tirar dois ensinamentos imprescindíveis e totalmente necessários.

Em primeiro lugar, todos quantos creram em Jesus Cristo são justificados. Isso implica no fato de que antes da fé, essas mesmas pessoas eram injustas, não cumprindo, portanto, a lei e estando todas sujeitas às punições consequentes. Os homens, antes da fé, eram injustos e voluntariamente praticavam as coisas opostas à lei, merecendo como qualquer criminoso as punições cabíveis, que, no caso da lei de Deus, convergem para uma só pena: a morte. Entretanto, os homens que creram foram justificados, tendo, pois, toda a sua condenação, a sua pena de morte, aniquilada.

Em segundo lugar, essa justificação é pela fé. A fé não é material, é invisível e espiritual, nascida no interior mais profundo do indivíduo. A fé não é obra, nem o que eu faço, de modo que podemos destacar um grande ensinamento bíblico para nós: nós não cremos porque somos justificados, mas somos justificados porque cremos. Entre uma e outra idéia vão uma distância e uma diferença muito grandes. Se cremos porque somos justificados, a nossa justiça vem antes da fé e, assim, alcançamos a salvação de nossas vidas pelas obras de justiça que houvéramos praticado. Mas a Bíblia não nos diz isso. Pelo contrário, ela nos afirma que somos justificados porque cremos: a fé veio antes da justificação e não foi, portanto, pelas nossas boas obras que fomos salvos, mas unicamente por Deus, porquanto até mesmo a fé vem de Deus. Somos justificados porque cremos e cremos porque ouvimos a Palavra de Deus. Dessa maneira, foi Deus quem produziu em nós a fé, por isso cremos, por isso somos justificados.

Outra verdade que Paulo afirma é que, portanto, temos paz com Deus. Nós não apenas estamos em paz, porque estar pode ser passageiro, mas nós temos e, logo, possuímos a paz perpétua com Deus. E o que é paz senão a ausência de conflito e a inexistência de guerra entre uma parte e outra? Ter paz com Deus significa não ter entre mim e Deus nenhum conflito e nenhuma guerra. Tudo está certo agora. Mas ter paz agora significa que antes da fé nós vivíamos em conflito e em guerra com Deus. Como dois exércitos que se enfrentam, nós estávamos do lado oposto a Deus, éramos seus inimigos e a nossa face estava voltada contra o Senhor Supremo do universo e o Todo Poderoso Rei. Lutávamos contra o próprio Deus e tínhamos toda a sua ira contra nós, pronta para desabar sobre nossos corpos. Mas agora estamos do lado de Deus, tendo paz com Ele; e por quê? "por nosso Senhor Jesus Cristo" Paulo diz.

Jesus Cristo levou sobre si todas as nossas iniquidades, todos os nossos pecados e todas as nossas enfermidades; o castigo que era para nós Ele levou sobre si e foi moído por causa dos nossos erros. Isso significa que toda a ira de Deus, que nos esmagaria, foi descarregada sobre o seu próprio Filho para que nós sobrevivêssemos. Ninguém além de Jesus poderia tomar essa atitude, ninguém senão Jesus era capaz de nos tornar amigos de Deus, aplacando o ardor da condenação e desfazendo-a. Cristo foi punido em nosso lugar, mesmo sem ter pecado nenhum. E para quem acha que o Pai tomou uma atitude muito terrível para com o Filho, o próprio Jesus se ofereceu e cumpriu amorosamente todo o propósito de Deus. Assim, porque Cristo Jesus foi dilacerado em nosso lugar, temos paz com Deus e somos justificados pela fé em Jesus Cristo.

II
Se eu terminasse por aqui, a mensagem transmitida poderia parecer simplesmente um sermão bonito e uma história de grande valor literário. Mas para que se levante os olhos desses pensamentos pequeninos e se enxergue as reflexões grandiosas desses termos bíblicos para a inteligência nossa, façamos logo uma aplicação.

Quem não é justificado pela fé não tem paz com Deus. Quem não tem paz está em guerra. Quem está em guerra com Deus tem toda a Sua esmagadora ira sobre si. Quem está sob a ira de Deus está sujeito ao inferno e quem está sujeito ao inferno e não passa a crer em Jesus Cristo vai para o inferno. É necessário crer em tudo o que a Bíblia diz que Jesus é e em tudo o que ela afirma que Jesus fez. Quem despreza isso rejeita duplamente, porque trata com desprezo o próprio Deus e o penoso sacrifício de Jesus Cristo. Se a pena dos crimes deve ser proporcional aos mesmos, sendo o juiz, qual sentença você daria para aquele que despreza o próprio Deus e todo o seu amor?

Até o fim da primeira parte, esta mensagem poderia parecer simplesmente bonita, agora ela exige uma atitude tua. Como ouvi uma vez, é melhor que o pecador saia triste com o seu pecado do que alegre com o pregador. Se você crer em Jesus Cristo, será justificado e terá paz com Deus; se não crer, permanecerá injusto e seguirá em guerra contra o Deus Todo Poderoso, pela tua própria escolha. Portanto, quero que você reflita seriamente sobre o que foi dito; e escolha a paz.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pronunciamento do senador Magno Malta sobre enquete a respeito do PLC 122/2006

Enquente:
"Você é a favor do PLC 122/06, que torna crime o preconceito contra homossexuais?"

Total de votos: 465.326

Resultado:
Sim: 48,46%
Não: 51,54%


Leia abaixo o discurso contundente do senador Magno Malta sobre a enquente.

"[...]
O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, hoje, à tarde, houve uma oitiva da CPI da Pedofilia, que ouviu o DJ Malboro, no caso que o envolve no abuso de uma criança de quatro anos em Belo Horizonte. Precisávamos ouvi-lo e, hoje, determinamos que a psicóloga que atende a CPI vai ouvi-lo também, assim como vai voltar a ouvir a criança. E deliberamos que devemos trazer aqui um grupo – vamos convidar o grupo do Ministério Público que começou o trabalho de depoimento sem dano no Brasil e que é do Rio Grande do Sul – para nos ajudar nessa questão, em um caso que se tornou absolutamente emblemático. Esse rapaz é uma figura pública, conhecida, é um DJ de certa forma famoso. Nós o ouvimos hoje e tomamos essas deliberações e também a deliberação de voltar ao Estado do Pará, ao Estado do Senador Nery. A partir de terça-feira, estaremos em Macapá, no Amapá, com um quórum qualificado, com a CPI no Estado do Senador Papaléo, para ouvir uma série de pessoas, para fazer oitivas ali.
Encerro minha fala, registrando um protesto e uma denúncia que fiz hoje e que protocolei, mandando-a ao Presidente desta Casa. Colocou-se uma enquete no site do Senado sobre o PL nº 122, que é maldoso, mal-conduzido, e que conduz as pessoas ao erro. Todo o mundo sabe que esse PL nº 122 é enigmático, problemático. Trata-se de assunto que vem demandando muita polêmica, mas é tão claro de ser resolvido, porque já está na Constituição.
A discussão não é sobre homossexualismo, sobre as posições que as pessoas tomam na vida – o homem é aquilo que ele decide ser. A discussão é sobre discriminação. É crime discriminar. O Brasil precisa se educar, ninguém tem de discriminar homossexual, como não se pode discriminar negro, nem índio, nem preto, nem branco, nem portador de deficiência. Cada qual segue seu caminho. Mas não dá para se criar um império.
Na verdade, o substitutivo da Senadora foi só alguma coisa que passou uma tinta, mas o básico lá ficou. Por exemplo, de acordo com o que está lá, nem uma manifestação podem fazer os espíritas, por exemplo, no Evangelho segundo Kardec, sobre a questão do homossexualismo, como também não podem fazê-lo os muçulmanos, os hinduístas, os budistas, os católicos, os evangélicos. Eles têm de rasgar suas Bíblias, porque, se tocarem nessa questão, eles serão criminalizados.
E há também a questão da orientação. É um projeto de lei que cria problemas familiares: os pais não se podem meter na orientação sexual dos filhos. Isso está no substitutivo.
Colocaram no site do Senado uma pesquisa assim: “Você é a favor de discriminar homossexuais?”. Ora, Sr. Presidente, isso é tendencioso. Minha pergunta ao Presidente da Casa e à Casa é a seguinte: quem é que toma conta do setor de pesquisa desta Casa? Quem deu a ele a deliberação para fazer essa pesquisa? Quem mandou fazer essa pesquisa, com que orientação? Com quem ele falou?
Se as partes interessadas foram chamadas, nós não o fomos. Nós não fomos chamados. Eu não fui chamado, ninguém foi chamado.
Quem formulou essa pergunta? Com que intenção?
Recebi centenas de e-mails de pessoas contra esse projeto, dizendo: “Não, votei a favor, porque não sou a favor de discriminação”. Eu também votaria assim.
O que acontece, Sr. Presidente, é que, quando comecei a falar, quando fomos despertados para essa tal pesquisa – e ninguém foi para ela despertado –, já estava lá o placar de 45 a zero. Começamos a chamar a atenção dos Srs. Senadores e da sociedade como um todo.
Agora, pasme, Sr. Presidente: quando começamos a trabalhar e quando subiu essa votação que se encerrou ontem – e as pessoas que são contra o PL nº 122 venceram essa pesquisa; pasme, Sr. Presidente! –, no sábado à tarde, a pesquisa foi retirada do site do Senado.
Esta é minha pergunta ao Presidente do Senado: há funcionário mexendo no Prodasen no sábado? O Prodasen funciona no sábado? Alguém opera o Prodasen no sábado, ou o Prodasen estava sendo operado do lado de fora, Senador Marco Maciel?
A pesquisa sumiu! Depois de um determinado tempo, ela voltou, e o número dos votos a favor tinha subido. Pasme o senhor, Senador Mão Santa: 11h30 de domingo, sumiu novamente. E sabe o que entrou no site? A seguinte pergunta: “O que você está achando do novo site do Senado?”.
Isso é uma piada? O Prodasen, por acaso, pode ser operado de fora? Há alguém que trabalha domingo, operando o site do Senado, ou ele estava sendo operado de fora? Claro que ele estava sendo operado de fora. Quem violou esse sistema? Quem opera o site do Senado pelo lado de fora pode muito bem operar contrato ou qualquer coisa aqui dentro.
Então, essas são as minhas perguntas, as minhas inquietações.
E ao entregar a pesquisa que o responsável disse que...
O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS. Fora do microfone.) – Responsável ou irresponsável?

(Interrupção do som.)

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Diz bem o Senador Valter Pereira: “Responsável ou o irresponsável?”. Ele disse que só entregaria o resultado na sexta-feira. Eu disse ao meu Chefe de Gabinete: “Diga a ele que eu vou fazer uma denúncia agora”. Resolveu entregar na mesma hora o resultado e pôs lá que houve alguns problemas técnicos no site quando quinhentas mil pessoas já haviam votado. Escreveu isto: quinhentas mil pessoas. E sabe com quantos votos foi encerrada a votação? Com 443 mil pessoas. Cadê essas quinhentas mil que já tinham votado?
Será que as pessoas querem aprovar um projeto desse, Senador Marco Maciel, criando esse tipo de mecanismo? Ele ir parar na CDH já foi uma manobra nojenta feita na Comissão de Assuntos Sociais.
Fica a minha denúncia. Eu espero que o Presidente Sarney apure responsabilidades. Eu quero convocar esse rapaz na CDH, responsável por essas pesquisas, para que ele responda todas essas perguntas que fiz aqui – quem mandou fazer a pesquisa; qual foi o método; quem o orientou a fazer essa pergunta.
Veja bem: “Você é a favor de discriminar o homossexual?”. V. Exª, que é representante da CNBB, vai dizer: “Não, eu sou contra o PL nº 122”. O que teriam de colocar na pesquisa? Deveriam perguntar: “Você é a favor ou contra o PL nº 122?”. Depois, acionando um link, a pessoa poderia ver como é o projeto no todo. Deveriam perguntar: “Você é a favor ou contra...“ Até porque a sociedade já sabe do que trata o PL nº 122. Mas a pergunta, induzindo ao erro, era feita assim: “Você é a favor da discriminação dos homossexuais?”. Claro que eu não sou, eu votaria sim. É crime discriminar! O indivíduo segue o seu caminho, é decisão pessoal.
No último dia antes do recesso parlamentar do ano passado, queriam votar por acordo de líderes, com sete Senadores, às 5h30 da manhã, encerrando a madrugada. O Senador Demóstenes acordou-me para o fato, chamou-me até à mesa e vi que lá estavam as assinaturas de sete líderes que assinaram desavisados, sem saber o que estavam assinando. O Senador Arthur Virgílio, indignado, riscou sua assinatura, bem como, indignados, riscaram suas assinaturas os Senadores Casagrande, Valdir Raupp e Cafeteira. Não concordavam, mas, naquele bolo de final de ano, propuseram votar por acordo de líderes. Assinaram. Deram a eles para assinar sem lhes dizer o que estavam assinando.
Pois bem, isso é triste, é lamentável! Não precisamos de nada mais do que respeitar as pessoas. Agora, também não é necessário usar os deficientes físicos, os velhos, os índios, os negros e as crianças, colocá-los no bojo de um projeto para mascará-lo e aprovar o interesse dos homossexuais.
Sr. Presidente, eu lamento. Espero ser respondido rapidamente nas perguntas e questionamentos que fiz.
Fica clara uma coisa, Senador Valter: se o Prodasen estava sendo operado pelo lado de fora às 11h30 do domingo, quando saiu do ar e em seguida voltou, se ele estava sendo operado de fora no sábado... Todas as vezes que, na pesquisa, o número das pessoas contrárias subia, ele desaparecia, e depois entrava a pergunta: “O que você está achando do novo site do Senado?”. Que piada é essa? Se ele pode ser operado pelo lado de fora, qualquer coisa pode ser feita aqui dentro a partir do lado de fora.
Esse sistema foi violado? É a minha pergunta, Sr. Presidente. E faço isso em nome de uma sociedade que votou, que derrubou, mesmo com essa indução, com essa pergunta programada para induzir as pessoas, mesmo assim, venceram aqueles que são contra o PL nº 122. Estou indignado, entristecido com esse comportamento, com o modo como foi feita essa pesquisa, que foi tirada do ar “n” vezes no final de semana.
[...]"
(Fonte: Agência do Senado, nesta página)

domingo, 29 de novembro de 2009

Leitura de grandes livros: leia!

Ler é um diálogo. É como se sentássemos numa cadeira e do outro lado da mesa o autor, dedicadamente, se aconchegasse. Então, começa uma conversa que pode ser extraordinariamente produtiva. Posso escolher Platão para conversar sobre a sua concepção de justiça, Aristóteles para falar de retórica, Sêneca para falar da brevidade da vida e outros tantos, como Agostinho, Tomás de Aquino, Calvino, Lutero, Descartes, Locke, Kant, Husserl, Hume, Nietzsche, Marx, Sartre, Camus, e todos me diriam o que pensam ou deixam de pensar. Poderia assentar-me para observar a prodigiosa oratória de Antônio Vieira, ou Demóstenes, ou Cícero, etc. Quem sabe ouvir Camões narrar os feitos lusitanos e chorar a sua perda, buscar compreender o que os barrocos me dizem ou ainda escutar os arrebatamentos dos românticos; perguntar a Machado de Assis sobre o Conto de Escola, a C.S. Lewis sobre As Crônicas de Nárnia e seus textos teológicos, a William Craig sobre a cosmovisão cristã, a Dawkins sobre seu ateísmo religioso, ao pastor Hernandes Dias Lopes sobre pregação expositiva... E o que me diriam Dostoiévski, Tolstoi, Euclides, o geômetra, Pitágoras, Wittgeinstein, Saussure, C.S. Peirce, e Shakespeare, e Homero, e Racine, e Molière? Como Homero me descreveria bem as coisas! Como Shakespeare me explicaria sobre os Macbeth e A Tempestade! Dante me diria coisas extraordinárias, Petrarca recitaria sonetos, Castro Alves retiniria os versos negreiros, Pessoa fingiria ser outra pessoa, Drummond talvez falasse amargamente, Olavo de Carvalho bradaria, Mário Ferreira dos Santos explicaria sua Filosofia Concreta, Conan Doyle faria suspense sobre um caso de Sherlock, Jonathans Edwards e Charles Spurgeon pregariam seus potentes sermões e etc, etc. Ainda que eu não concordasse nem 5% com alguns deles, vale a pena ouvir a esses pelo menos por um pouco, para saber o que responder aos seus argumentos. Na maioria, tiraria grande proveito e conhecimento. Contudo, não dá para ler todos os livros do mundo, nem é importante, dialogar toma tempo. É necessário ler os melhores ou, como queira, os grandes, porque ler é uma conversa.

E a Bíblia? Todos os diálogos citados são fictícios; leio os livros e dialogo com as idéias, mas a Bíblia é interessantíssima, porque, trazendo-nos coisas grandiosíssimas, extremamente úteis para a vida e totalmente verdadeiras, lendo-a, podemos conversar de fato com o seu Autor, o próprio Deus, que nos ensina e nos instrui. Por ela, enxergamos o nosso Criador e o Redentor de nossas almas, o centro de todas as coisas, o princípio e o fim, a fonte de águas vivas, o Senhor dos senhores, que está acima de tudo e de todos e que reina eternamente. E mais. Não só o veríamos, mas poderíamos falar-lhe diretamente e perguntar-lhe o que diz a Sua Palavra, conhecendo o motivo pelo qual nos criou e nos impressionando com a imensurabilidade de seu amor, entendendo a altura, e a profundidade, e a largura, e o comprimento da caridade de Deus, sendo levados a um caminho mais excelente e vivendo em novidade de vida. Veríamos como a terra está cheia da glória de Deus!

Portanto, aqui fica meu incentivo: leia! leia muito! leia os melhores livros, mas, sobre todos, em primeiro lugar, leia a Bíblia Sagrada, que nos tem palavras de vida eterna!

Um abraço aos leitores desse blog!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

John Piper - Não desperdice seu púlpito

(Vídeo assistido pela primeira vez no blog iPródigo)

"A melhor maneira de desperdiçar o seu púlpito é pregar seus próprios pensamentos ao invés de pregar os pensamentos de Deus."

"O que as pessoas não acharão em nenhum outro lugar a não ser no púlpito é o que Deus tem a nos dizer."

"A Bíblia não é apenas maravilhosamente perspicaz, ela é interessante, ela é radicalmente interessante, ela abre a sua mente."

"Conhecer Jesus Cristo vale mais do que qualquer coisa."




"Então, 'Não Desperdice seu Púlpito' significa: 'Fique perto da Bíblia, medite na Bíblia, mergulhe na Bíblia, penetre através da palavra para o Cristo Vivo, para o Deus Vivo, e faça isso de maneira que o povo fique inflamado com a Verdade da Bíblia'"

"Eu creio que o motivo pelo qual os pastores não fazem isso é porque eles mesmos não vivem a Bíblia no dia-a-dia."
John Piper

Vou ler a Bíblia. Até mais!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Na surdina

O silêncio da grande mídia a respeito da aprovação do PLC 122/2006, no dia 10/11, em audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), seria impressionante se não fosse esperado. Não vi em nenhum telejornal e em nenhum outro programa de tv ninguém sequer mencionar o assunto. Falam do blecaute, falam da Dilma, falam até de um jantar da Madonna, mas do PLC que poderá causar grandes reviravoltas na sociedade caso aprovado, nada. Para não cometer injustiças, verifiquei os sites de O Globo, Folha de São Paulo, A Gazeta, A Tribuna, SBT, Veja e só fui encontrar a repetição do pequeno informe da Agência do Senado no JBOnline, mas, mesmo me esforçando, não consegui achá-lo novamente. Pesquisei no Google (é claro) e grande parte dos sites que noticiavam o fato eram cristãos, além do Mídia Sem Máscara, que aparece em primeiro lugar nos resultados.

Assim, por enquanto, o PLC 122 segue na surdina (total não fosse os desbravadores do html), assim como a sua aprovação na CAS, longe... bem longe do conhecimento do povo.

Rouver Júnior

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aprovado PLC 122 na CAS

É quase inacreditável, mas é real. O absurdo Projeto de Lei Constitucional nº122 de 2006 foi aprovado nessa terça-feira (10/11) na Comissão de Assuntos Sociais, enquanto o Brasil se preocupava com a enquete sobre o mesmo PLC no site da Agência do Senado. A enquete apresentou problemas e ficou fora do ar por um bom tempo, suscitando algumas preocupações. Agora já está no ar novamente, mas deve-se dizer que recomeçou a contagem do zero. Enquanto os brasileiros se preocupavam com a pesquisa, na CAS o PLC 122 era aprovado. O Projeto passará agora, conforme o programado, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Assim, então, será encaminhado ao Plenário.

Recomendo a leitura do texto "Surpresa! PLC 122 é aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado" de Julio Severo, que realmente me surpreendeu com a notícia. Além desse texto, pode-se acessar também a página da Agência do Senado que traz também a notícia.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PLC 122/2006 - Vote NÃO.

O PLC 122/2006 priva o indivíduo de liberdade religiosa, de pensamento, de filosofia, de expressão moral e coloca o homossexual como uma categoria superior a qualquer outra. Qualquer ser humano na face da terra é passivo de receber críticas. O PLC 122/2006, contudo, coloca os GLBT's acima de qualquer possibilidade de crítica, cabendo pena judicial ao discordante. Aqui você pode ler sobre o PLC 122/2006, aqui eu indico uma postagem (A lei da homofilia, para leigos...) muito bem explicada no blog O Tempora! O Mores!

Na página do Senado (aqui) foi criada uma enquete com a seguinte pergunta:

"Você é favorável à aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que torna crime o preconceito contra homossexuais?"

Como apontaram Augustus Nicodemus, Solano Portela e Mauro Meister do O Tempora! O Mores!,

"A própria enquete já é tendenciosa: na verdade, o PL torna crime a não aprovação da condição homossexual e amordaça ameaçando com várias penas a liberdade de consciência do cidadão brasileiro."

Assim, convido a todos a votarem NÃO!

sábado, 31 de outubro de 2009

Você quer deixar o homossexualismo?

Hoje há um movimento muito forte de afirmação homossexual, em que o indivíduo é incentivado com muita ênfase a se assumir gay. As pessoas são quase obrigadas a se dizerem homossexuais ou simpatizantes, numa avalanche de idéias como "liberte-se!" Mas eu não quero falar sobre isso. Quero falar com você, que se considera homossexual ou que está com a mente confusa e obscurecida por dúvidas e maus pensamentos. Quero falar a você que está amargurado com toda essa situação.

A Palavra de Deus diz que todos cometeram pecados e por isso perderam a comunham com o Senhor. Isso quer dizer que tanto você, que se considera homossexual, quanto quem não é estão sem Deus e por isso sofrem pesadamente as amarguras do pecado. Entre as coisas que Deus abominou está o homossexualismo. Mas a Bíblia diz que o ser humano, seja homem ou mulher, quer se considere homossexual ou não, é justificado gratuitamente pelo favor de Deus, o sacrifício de Jesus Cristo na cruz.

Jesus perdoa os pecados, porque é misericordioso, amoroso e levou sobre si todas as nossas iniqüidades, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito que é maldito todo aquele que for pendurado numa cruz.

Jesus levou os pecados do assassino, da prostituta, do homossexual e de todos os outros seres humanos. Assim, quero concluir dizendo que se você quer deixar o homossexualismo, mas não encontra forças, você tem todo o meu apoio. Creia em Jesus Cristo, entregue a tua vida a Ele, vá e não peque mais.

Rouver Júnior

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Pensamento de Charles Darwin no leito de morte

Por Joubert

DARWIN DIANTE DA MORTE



A postura de cada um na iminência da morte pode esclarecer suas motivações e escolhas durante a vida. Em geral, quanto mais maturidade se tem, mais condições de avaliar tais escolhas. As fotos mostram Darwin em sua juventude e em sua idade avançada.

Como estamos no ano de Darwin, 150 anos de sua obra A Origem das Espécies e 200 anos de seu nascimento, que se inclua na lembrança deste ícone da ciência contemporânea, suas tão importantes palavras no leito de morte. Elas podem indicar onde estão as chaves que abrem as portas do cativeiro do pensamento humano. Medite e avalie por si mesmo.

A VISITA DE LADY HOPE A CHARLES DARWIN

Os estudantes da teoria da evolução podem surpreender-se ao saber que, no final de sua vida, Charles Darwin retornou à sua fé na Bíblia. O relato a seguir foi feito por Lady Hope, de Northfield, Inglaterra, uma maravilhosa mulher cristã que esteve muitas vezes ao lado de sua cama nos seus dias finais.

Foi numa dessas gloriosas tardes de outono que às vezes temos na Inglaterra que fui chamada para entrar e sentar-me com Charles Darwin. Sempre que eu o via, com sua presença elegante, eu imaginava que dele se podia pintar um quadro formidável para nossa Academia Real, mas nunca pensei tanto nisso como nesta ocasião em particular.

Ele estava sentado na cama, apoiado em travesseiros, olhando fixamente para uma cena distante no bosque e nos campos de milho que reluziam à luz de um maravilhoso pôr-do-sol.

Seu semblante iluminou-se de prazer quando entrei no quarto. Ele acenou em direção àjanela, apontando para a bela cena do poente. Em sua outra mão ele segurava uma Bíblia aberta, a qual ele sempre estava estudando.

“O que você está lendo agora?”, perguntei.

“Hebreus”, ele respondeu. “O Livro Real, como eu o chamo”. Então, à medida que colocava seus dedos sobre certas passagens, ele comentava sobre elas.

Fiz algumas alusões às fortes opiniões expressas por muitos sobre a história da criação, e sobre os julgamentos que faziam a respeito dos primeiros capítulos de Gênesis. Ele pareceu angustiado, crispando seus dedos nervosamente, e um ar de agonia tomou conta do seu rosto ao dizer: “Eu era um jovem com idéias informes. Soltava perguntas, sugestões, indagando o tempo todo sobre tudo. Para meu espanto, as idéias se alastraram como fogo. As pessoas fizeram delas uma religião”.

Ele ficou em silêncio por um tempo e depois de dizer algumas frases sobre a santidade de Deus e a “grandeza deste Livro”, olhando com carinho para a Bíblia que estava segurando o tempo todo, ele disse:

“Tenho um quiosque no jardim que comporta cerca de trinta pessoas. É ali (ele apontou através da janela aberta). Gostaria muito que você falasse lá. Sei que você lê a Bíblia nas aldeias. Amanhã à tarde gostaria que os empregados neste lugar e alguns inquilinos e vizinhos se reunissem ali. Você lhes falaria?”.

“Sobre que devo falar?”, perguntei.

“Cristo Jesus”, ele respondeu num tom claro e enfático — e acrescentou num tom mais baixo: “e Sua salvação. Não é o melhor tema? Depois quero que você cante alguns hinos com eles. Você pode acompanhá-los com seu pequeno instrumento, não pode?”

O brilho do seu rosto, quando ele disse isto, eu nunca esquecerei, pois acrescentou: “Se você fizer a reunião às três horas, esta janela estará aberta, e você saberá que estou cantando junto com vocês”.

Haveria uma cena mais dramática? O âmago da tragédia nos é exposto aqui! Darwin, um entusiasta da Bíblia, falando sobre a “grandeza deste Livro”, e sendo lembrado de que o movimento evolucionista moderno na teologia, unido ao criticismo cético, destruiu a fé bíblica de multidões. Darwin, com um ar aflito, lamentando-se por tudo e declarando: “Eu era um jovem com idéias informes”. Que condenação avassaladora! As “idéias informes” do jovem Darwin são a base da teologia (e da ciência) moderna!

(Oswald 3. Smith, Litt. D., artigo extraído de Prayer Crusade, publicada por The Little Church by the Sea, mc.) Citado no livro: O que eles disseram a um passo da eternidade, John Myers, pp. 244, Worship Produções, D’Sena Editora.

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Postagem publicada no blog Em Família de Joubert, pr.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Obrigado a ter direito?

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Neste texto analisarei basicamente alguns aspectos relacionados à concepção de direito, a fim de ver se no Brasil a educação se apresenta como direito ou como obrigação. Não sou versado nas ciências jurídicas, mas como cidadão penso que posso expressar algumas idéias. Deixo claro que o intuito desse texto não é questionar a importância da educação, sabendo que não é somente a escola pública que fornece educação e socialização; mas, como já explicitado, o intuito é ver se no Brasil a educação é direito ou obrigação.

Diz-se que temos direito à saúde. Isso significa que, se eu ficar doente ou ao menos suspeitar de uma enfermidade, posso livremente recorrer a um médico da rede pública. Não sou, porém, obrigado a dirigir-me a um consultório público, mas posso escolher ir a um médico particular ou mesmo não ir a médico nenhum, porque faz parte de minha liberdade de escolha. Ninguém poderá punir-me de forma alguma por qualquer dessas escolhas, a saber, se recorro à saúde pública, se prefiro a particular ou, ainda, se não recorro a nenhuma das duas.

Diz-se também que temos direito à aposentadoria, o que significa que, cumprido certo tempo de trabalho, poderei, sem trabalhar, usufruir de um salário. Não sou, porém, obrigado a receber esse salário, ficando à minha escolha o recebimento. Ninguém poderá punir-me se me oponho a recebê-lo, porque faz parte de minha liberdade de escolha. Assim, tanto a saúde pública quanto a aposentadoria, sendo direitos, estão debaixo de minha liberdade, não havendo para mim punição alguma por qualquer das escolhas que tomar.

E se a saúde pública e a aposentadoria fossem obrigações? De fato, ficando doente ou suspeitando de enfermidade, seria dever imposto ir direto e somente a um consultório público e, cumprindo o tempo de trabalho, receber sem questionamentos o meu salário. Nessas coisas, eu não teria liberdade alguma de escolha e mereceria punição se não as cumprisse.

Portanto, vê-se que, se tenho direito à saúde, não tenho obrigação a ela; se tenho obrigação, não tenho direito. Direito e obrigação, na mesma relação, são mutuamente excludentes.

Quanto à educação, se tenho direito a ela, não tenho obrigação; se tenho obrigação, não tenho direito.

Se tenho direito à educação, posso escolher ir à escola pública, ou ir à escola particular, ou ainda não ir à escola, ficando ao meu critério e à minha liberdade a escolha e não cabendo a mim (nem a pessoas ligadas a mim) nenhuma punição por qualquer alternativa tomada, a saber, se vou à escola, particular ou pública, ou se não vou. Romper essa liberdade é excluir o meu direito, tornando a escola uma obrigação.

Se tenho obrigação à educação, não tenho direito à escolha, porque devo estar presente na escola logo se complete certa idade, sob pena, caso não cumpra tal obrigação.

Conclui-se, portanto, que no Brasil a educação tem mais caras de obrigação do que de direito, porque os pais, se não enviarem seus filhos à escola a partir de certa idade, estão sujeitos a punições. Dessa maneira, se pago impostos para ter educação, pago impostos para ter obrigação.

Rouver Júnior

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Imagem retirada de http://images.quebarato.com.br/photos/big/B/B/1F18BB_1.jpg e editada pelo autor do texto.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Escola pública: direito ou obrigação?

Todo o brasileiro tem direito à educação, a ir à escola e a participar de uma aula ministrada pelo professor. Mas será que isso é direito mesmo? Quando eu tenho direito a usufruir de alguma coisa, eu tenho também a escolha de usufruí-la ou não. Se eu tenho direito à escola eu não posso ter obrigação à escola, porque assim eu só fico com a obrigação e o direito vai embora. A partir disso, vê-se que no Brasil o direito vira obrigação. Os pais são obrigados a enviarem os seus filhos para a escola, ainda que tenham mais condições de educá-los que a própria instituição.

Conforme nos informa o filósofo Olavo de Carvalho em seu artigo "Educação ou deformação?", publicado no Diário do Comércio (23/10/2009) e também em sua homepage (aqui), o MEC "considerou inconstitucional a legalização do homeschooling por violar o direito de todos à educação pública". Com acalorados argumentos, o filósofo mostra que não há oposição necessária entre ter direito à educação pública e quererem os pais ministrar aulas para os próprios filhos. Isso é completamente conciliável: os pais têm direito à educação pública, mas não querem usufruir dele, preferindo algo que consideram mais viável, a educação em casa. Impedir esse direito dos pais, fazendo-os obrigados a mandarem seus filhos à escola, é tornar o direito em obrigação e, assim, tem-de surgir a seguinte pergunta, bastante perturbadora para o brasileiro: eu pago imposto para ter direito ou obrigação?

Deixo aqui, portanto, essa reflexão para os leitores.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Black: um filme emocionante

Assisti hoje na universidade a um filme emocionante: Black. Ele conta a estória de Michelle McNally, uma menina que na infância, por causa de uma doença, ficou surda e cega. Seus pais não sabem lidar com as suas deficiências e, como última esperança antes de mandá-la para um lugar de reclusão, decidem chamar um professor (Debraj Sahai) especializado no ensino de pessoas com necessidades especiais e muito competente, mas cujos métodos não são nem um pouco convencionais. Como instruir uma criança que não pode ouvir explicações nem ver coisa alguma? Debraj, lutando contra a resistência da família, encontra meios bastante inusitados, mas eficazes de ensinar a menina, que ingressa na universidade e depois de 40 anos se forma. Nesse meado de tempo, Michelle vai fazendo grandes progressos e criando vínculos muito fortes com Debraj. Ao final, quando a menina alcança a sua vitória máxima, o professor está em um grau bastante avançado da doença de Alzheimer. Muito debilitado, ele não a reconhece e também não lembra de nada pelo que passaram até chegarem ali. Mas perante a roupa preta de formatura usada pela menina, o velho Debraj relembra o passado.

O filme emociona sem ser piegas e consegue prender a atenção do público sem colocar em cena uma dança sensual se quer. Além disso, apresenta dois aspectos de grande importância: a extraordinária superação da menina e o importante papel de um professor que doou boa parte de sua vida à educação dela, indo muito além do simples ensino de sala de aula e trabalhando realmente em favor de Michelle como a sua única esperança.

Black é uma estória de preciosas lições, uma estória de amor, que botou em lágrimas a maioria das pessoas da minha turma de Educação e Inclusão. O único grande problema do filme é que, numa linguagem fortemente emotiva, a menina afirma pelo menos duas vezes que Debraj era Deus. No mais o filme é excelente. Eu me segurei para não chorar, mas não pude evitar que os meus olhos ficassem vermelhos.

Imagens do filme legendadas em inglês:

Palavra aberta

As palavras que falamos revelam muito do que somos. De fato, a maneira mais eficaz de conhecer uma pessoa é conversando com ela. A palavra é o espelho da alma: se sou inteligente ou néscio, sábio ou tolo, humilde ou arrogante, firme ou frágil, seguro ou inseguro, as minhas palavras testemunharão aos ouvidos dos que falam comigo. Se tenho medo, não falarei com coragem; se tenho coragem, não falarei com medo. Um dia triste é um dia de palavras tristes, um dia alegre, dia de verbos vibrantes. Não adianta querer dissimular, porque ainda que saiba manipular com grande destreza minhas palavras, estando bem ciente do que devo esconder, na minha própria dissimulação estará contido o sinal de como sou.

Se alguém quiser esconder quem é, não fale, porque até o tolo passa por sábio enquanto está calado. Mas se alguém se esconde na mudez, mostra para si mesmo que algo de errado tem em sua alma, porque, temendo, não querer mostrar para os outros o que acha que será reprovado é reprovar-se a si mesmo.

Seja a tua alma de maneira tal que possas conversar abertamente.

Rouver Júnior

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Foto extraída de http://lucianasabbag.files.wordpress.com/2009/02/sorriso.jpg

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pensamento Comentado: Provérbio Árabe

Hoje comento um ditado árabe, que nos traz um grande e útil ensinamento.

"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado."

As estrelas tornam um céu noturno muito mais belo, se nós o compararmos a um céu escuro e sem brilho. Tais estrelas são vistas apenas quando o tempo está favorável, mas, ainda que haja nuvens espessas, as estrelas continuam brilhando, embora longe de nossos olhos.

Quando o céu está nublado, com grossas nuvens, escuras e opacas, os nossos olhos são privados de ver a beleza e o brilho do céu. E, quando o ser humano fica por algum tempo sem ver alguma coisa, tende a esquecer-se dela, a pensar que não existe mais ou que nunca existiu. Contudo, seria um grande erro afirmar que as estrelas deixaram de existir somente porque eu as deixei de ver. Um dia as nuvens desaparecerão e as estrelas brilharão novamente esplendorosas.

Da mesma forma, quando tudo está evidentemente a nosso favor, temos esperança e vemos as coisas belas da vida, mas quando passamos por cinzentas aflições, que obstruem a nossa visão, tendemos a pensar que não há mais esperança e nem beleza na vida. Tudo está acabado. Mas esse pensamento é um grande erro, porque as esperançosas estrelas da vida continuam refugindo esplendorosas no céu, ainda que não as vemos.

Um dia as nuvens da aflição se dissipam e vão embora, e a alegria da esperança torna a raiar sobre os nossos olhos. O céu não mudou por causa das nuvens, apenas deixamos de vê-lo por alguns instantes. Assim, resta sempre uma esperança, ainda para a mais difícil das situações.

(leia o livro de e você verá que, mesmo em meio a tantas dificuldades, o servo de Deus exclamou: "Eu sei que o meu Redentor vive").
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Pensamento extraído do site www.livrepensar.net
Imagem retirada do site www.nasa.gov através do rascunho-geo.blogspot.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Pensamento Comentado: Provérbio Chinês

Esta é a primeira postagem com um pensamento comentado. Como desejo, primeira de várias. Pretendo regularmente aqui no Páginas Incadernadas comentar alguma frase que traga idéias interessantes e produtivas. A primeira é um provérbio chinês.

"As mais altas torres começam no chão."Uma torre alta aparece imponentemente aos olhos de todos. Ela é sinal de engenho, esforço e perseverança, porque, para construí-la, necessita-se de muitos cálculos e planejamento, muita mão de obra lidando com serviços pesados; e, por fim, é preciso perseverante continuidade nos trabalhos, porque o labor se dá gradualmente e não todo de uma vez.

A torre simboliza, nesse contexto, uma vitória muito grande e visível perante os olhos de todos. Mas deve-se sempre lembrar que, para alcançá-la, foi necessário começar do mais simples e do mais básico, para enfim alçar grandes altitudes. Os estudos, o emprego, a família, o convívio social e tantos projetos de vida podem ser altas torres; mas deve-se sempre começar do que é mais básico, do que aos olhos de outras grandes torres já construídas parece insignificante.

Ainda, o provérbio dá margem também para a interpretação de que, por maior que seja a vitória alcançada na vida, as suas bases devem sempre ser cuidadas. Não se deve olhar para o topo e esquecer-se das bases, porque, se não se pode destruir uma torre pelo alto ou se isso é muito difícil de fazer, visto ser muito elevada, contudo, é possível e mais fácil pelo chão; e é sabido que muitas coisas minúsculas destroem coisas grandiosas pela insistência e pela astúcia.

Rouver Júnior
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O provérbio foi extraído do site www.livrepensar.net e a imagem do blog rafamaiax.blogspot.com. O edifício é o Burj Tower.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nada te faltará

"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." (Salmos 23:1)

Por vezes na vida da gente passamos por angústias e por sofrimentos, sem saber precisamente o que está acontecendo. Nós ficamos preocupados. O que será do futuro? E se a comida acabar? E se a roupa faltar? E se o aluguel vencer de novo? E se a doença chegar? E a solidão? E a velhice sozinha?

Se somos ovelhas de Cristo, podemos ter a certeza de que nada nos faltará, porque o Senhor nos apascenta. Quando a nossa visão não enxerga o caminho, Ele nos guia. Quando o cansaço e a fome chegam, Ele nos faz deitar em verdes pastos. Quando o sol ardente nos maltrata na caminhada, Ele nos leva às águas tranquilas de um manso riacho e refresca a nossa alma.

Cristo nos alegra na tristeza, nos anima no desânimo, nos fortalece na fraqueza, nos abriga na tempestade, nos dá segurança no medo e perdoa todos os pecados.

Jesus é o Bom Pastor, e o Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas.

Confie em Jesus!!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um Deus que age em favor do ser humano

O Cristianismo tem por característica o seguinte fato: é sempre Deus quem toma uma atitude em favor da humanidade. Jamais o homem tomou uma atitude em direção a Deus sem que Deus haja tomado uma atitude antes em direção ao homem.

Basicamente, a História Cristã segue-se assim:

(1) Deus criou o homem à sua imagem e à sua semelhança;
(2) O homem pecou, afastando-se de Deus. Como conseqüência veio a separação entre Deus e o homem, porque Deus é santo e, portanto, não se mistura com o pecado.
(3) Deus envia a lei, para mostrar o pecado do homem;
(4) Na plenitude dos tempos, Deus envia a Jesus Cristo para com seu sangue redimir a todo o que crê.

(1) No Jardim do Éden o homem gozava de plena comunhão com Deus.

(2) Por causa da desobediência, o homem se afastou de Deus, perdendo a comunhão com Ele.

(3) Mas Deus, por tanto amar o mundo, queria que o homem recuperasse a antiga comunhão. Contudo, um dilema estava travado. De um lado o homem sujo pelo pecado e de outro Deus que não se mistura com o pecado. De um lado o homem que não sabe que é pecador, nem sabe, logo, que necessita de salvação; de outro lado, um Deus que quer trazer para si a humanidade. Se dependesse do ser humano, nada iria mudar, porque ele não sabia que era pecador. O que fazer então? Deus toma uma atitude de amor para com a humanidade: envia a lei, para que ela mostrasse abundantemente o pecado dos homens e a incapacidade do ser humano de se salvar. A lei foi enviada para que a ofensa abundasse, fosse vista em grande quantidade, fosse estampada perante o rosto de cada um e para que todos fossem encerrados debaixo do pecado, de modo que ninguém pudesse dizer "Não tenho pecado". Sem a lei, o homem que já estava no pecado, continuaria no pecado sem saber, continuamente afastado de Deus. Com a lei começa o processo de reconciliação do homem com Deus, porque agora o ser humano já se achava desgraçado e infeliz, triste e frustrado com os próprios pecados, estremecendo perante a severidade da lei.

(4) Depois que todos estavam debaixo da lei do pecado e encerrados sob a ira de Deus, desesperados, sem poder cumprir a lei e tendo por destino as chamas eternas do inferno, na plenitude dos tempos, Deus toma outra atitude de amor: envia o seu Filho unigênito para cumprir toda a lei em nosso lugar e para cumprir a obra redentora em nosso favor. Assim, Jesus foi pendurado numa cruz, como um criminoso, foi blasfemado, espancado e moído, levando sobre si todos os nossos pecados. Morto uma vez, ressuscitou ao terceiro dia. Dessa forma, todos os que crêem em Cristo Jesus, pelo sangue do Salvador, são arrancados de debaixo da lei do pecado, são lavados no sangue de Jesus Cristo, nascem de novo, sendo feitos novas criaturas e, então, podem gozar daquela antiga comunhão que o homem tinha com Deus no Jardim do Éden. Outro é o destino do homem: agora os céus, a incorrupção e a vida eterna.

Nestas coisas vemos sempre Deus tomando atitudes em favor da humanidade. Porque, desde a antigüidade, ainda não se viu e ainda não se ouviu de um Deus que trabalha em favor daqueles que n'Ele esperam. Vemos também que o primeiro passo para o homem hoje se reconciliar com Deus é o reconhecimento de que é pecador e necessitado de um salvador. Além disso, é preciso crer que Cristo Jesus é esse Salvador e que é poderoso para perdoar os pecados do homem. É necessário também que o homem confesse os seus pecados e se entregue a Jesus Cristo.

Nisto seja glorificado o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Parlatorio non zovistigatto

Io sô come un parolero. Si nata a dizere, vô parlano in questa conversazione che nai razó di sere si non il magaronês et la gratia di uno parlatorio zen molto zovistigaçó. Il Juó Bananere dizzia de maniere molto ingrazziata da Tristezza di Alvare d'Azzevedo in sa Gansó da morte. Pena che Bananere amatô la pobre Juóquina cum tanta cuvardia. Si ria molto tembê naquella insgrizione de Gonzalve Dia, Migna Terra, en questo lugario si via:

Migna terra tê parmera,
Che ganta inzima o sabiá.
As aves che stó aqui,
Tembê tuttos sabi gorgeá.*

Il Juó parla pio d'Os meus otto anno, di Cazzimire d'Abreu. Tutto molto ingrazziato, tutto molto rizzogno. Io lego, io video, ma io nunca pisco. Non. Io capisco si, ma come quiê molto ri.

Agora, amico, come dizere pio? Si acabô il parolaçó. Tutte bello, ma con finni. Tutte ingrazziato, ma che si fina. Entó, io vô m'acabá per aqui. Fermo la boca et galo mi magaronês. Tutte zen razó si non di parlare in brazziglianno molto ingrazziato. Galo! Finni! Até pio!

Rovere Iuniori


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* extrato di Migna terra, di Juó Bananere, in La Divina Increnca, in http://bananere.art.br/p3

terça-feira, 14 de julho de 2009

E se alguém te fizesse a seguinte pergunta

Se alguém te perguntasse: "Por que você ama a Deus?" O que você responderia?

Você tem quatro opções de resposta:

(1) Não sei.
(2) Não amo a Deus.
(3) Porque eu escolhi amar a Deus.
(4) ...

A primeira é uma resposta chata, porque mostra um desconhecimento de causa. Deus te ama e você ama a Deus, mas não sabe o porquê.

A segunda é pior ainda, porque mostra a tua aversão ou a tua indiferença para com uma pessoa que te ama tanto e que fez tanto por você.

A terceira é uma resposta religiosa, mas totalmente falsa, porque engana profundamente quem assim crê.

A quarta, que não mencionei, mas que digo agora, é "Porque Ele me amou primeiro". Essa resposta é perfeita, porque antes de nascermos, quando os nossos antepassados blasfemavam contra Deus, Ele olhou com um olhar de misericórdia para a humanidade perdida e prisioneira e, com o seu muito amor com que nos amou, enviou seu Filho unigênito Jesus Cristo, que verteu o seu sangue, teve a sua carne rasgada por amor a nós e ressuscitou ao terceiro dia, estando hoje à direita de Deus Pai com todo o poder e glória. Nós nascemos pecadores e, como nossos antepassados, pecamos também; não queríamos a Deus, não tínhamos prazer em buscar a Deus, não podíamos escolher amar a Deus, éramos inimigos de Deus; mas, porque Ele nos amou primeiro, Ele também nos reconciliou de graça consigo mesmo. E o amor está nisto, não em que houvéssemos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós e enviou o seu Filho unigênito para propiciação dos nossos pecados.

"Nós o amamos porque ele nos amou primeiro." (I João 4:19)

Por que você ama a Deus?

( ) Ainda não amo a Deus.
( ) Porque Ele me amou primeiro.

Rouver Júnior

sexta-feira, 10 de julho de 2009

É racional acreditar na inexistência da verdade?

1 - Parece ser racional, porque há pessoas que afirmam não existir verdade. Uma vez que os seres humanos são dotados de razão, parece não haver problema em crer na inexistência da verdade.

2 - Além disso, a verdade apresenta muitas dificuldades a uma definição precisa e parece impossível argumentar sobre algo não definido com exatidão.

3 - Por outro lado, quem acredita na inexistência da verdade tem por certa e por aceitável a sua crença. Também, quem assim crê não pensa estar iludido, mas, pelo contrário, deseja que a sua crença faça sentido. Ora, somente a verdade é digna de ser acreditada, pois a mentira ilude e, na hipótese de não haver nem verdade nem mentira, nada é digno de confiança.

4 - Dessa forma, quem pensa não existir verdade ou se contradiz afirmando ser verdadeira a proposição "Não existe verdade" ou age irracionalmente crendo em algo que não apresenta nenhum motivo seguro para ser acreditado, visto que, hipoteticamente, nem a verdade e nem a mentira existiriam.

5 - Quanto ao que é apresentado no item 1, pode-se afirmar que, embora sejam dotadas de capacidade racional, as pessoas muitas vezes procuram subterfúgios para justificar-se, ao menos aparentemente, pois não querem ser reprovadas perante os outros seres humanos. Ademais, muitas vezes também, as pessoas ignoram o raciocínio exato e verdadeiro para fazerem com que as suas ideologias sejam aceitas, conferindo-lhes poder e prestígio. Além do mais, erros de raciocínio podem ser cometidos e um conhecimento substancial da realidade exige a revelação divina. Assim, o fato de toda a pessoa ser dotada de razão não é garantia nem de sinceridade e nem de acerto no tratamento de qualquer questão por parte de cada um.

6 - Quanto ao apresentado no item 2, pode-se dizer que, embora realmente apresente grandíssimas dificuldades de definição exata, a verdade nem por isso deixa de existir, porque eu não preciso necessariamente saber "o que é" uma coisa, rigidamente definida, para saber se essa coisa "é" de fato. Noutras palavras, para saber se as coisas existem, eu não necessito da plena definição de cada ser. Estão no grupo dos que não foram plenamente definidos pelos homens, por exemplo, o "amor" e o "ser", embora não se possa concluir a inexistência de algum deles. Assim, vê-se que este argumento nada soma contra a existência da verdade.

7 - Tendo em vista os argumentos apresentados e as contradições existentes na crença da inexistência da verdade, conclui-se, portanto, que tal crença não é racional.

Rouver Júnior

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Salvos pela graça

"Porque pela graça sois salvos [...]" (Efésios 2:8)

Conforme a afirmação bíblica, somos salvos pela "graça". Graça é um favor feito por uma pessoa a outra pessoa, em que quem favorece não é obrigado a favorecer e em que quem é favorecido não merece o favor. O favor feito por Deus para com o mundo foi enviar seu Filho Jesus Cristo, para levar sobre si todos os nossos pecados, morrendo na cruz como um criminoso e ressuscitando ao terceiro dia num corpo de glória, enquanto nós éramos ainda inimigos de Deus.

Deus não era obrigado a enviar seu Filho, nem nós merecíamos ser salvos. Se Deus não enviasse Jesus Cristo, sendo nós pecadores, Deus não precisaria prestar contas a ninguém e nós iríamos invariavelmente para o inferno.

Mas Deus, por causa do grande amor com que nos amou, deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que n'Ele crê não pereça mas tenha a vida eterna.

A salvação é pela graça, por meio da fé. Quem crê que Jesus é o Filho de Deus recebe a "graça" divina.

Se você me pergunta "Como posso ser salvo", eu te digo "Cumpra toda a lei que foi dada a Moisés e, pelas tuas obras, você será salvo". Mas se você for olhar para a lei, chegará à conclusão de que nunca conseguirá cumpri-la por completo. Assim, você nunca será salvo, porque a palavra de Deus diz que é maldito todo aquele que não persevera em toda a lei, para cumpri-la. Dessa forma, o teu destino é o inferno.

Mas graças a Deus que a salvação não vem pelas obras, porque ninguém teria obras suficientes para ser salvo. A salvação é pela graça de Deus. Como não poderíamos nunca cumprir toda a lei, Deus enviou a Jesus Cristo para cumpri-la por completo em nosso favor e, pelo seu sangue derramado na cruz, lavar todos os nossos pecados. Nisso vemos que a lei nos mostra a nossa incapacidade de nos salvarmos a nós mesmos e a nossa total dependência de alguém (Jesus Cristo) que cumprisse toda a lei por nós.

Uma vez cumprida toda a lei por Jesus Cristo, resta ao homem crer no Salvador Jesus e receber o favor imerecido de Deus. As boas obras serão consequências da graça de Deus operante em nós.

Rouver Júnior

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A astúcia, a sabedoria e o perdão

Certa vez, Jesus estava num lugar, escrevendo na terra. Chegaram a ele, então, alguns homens religiosos, trazendo uma mulher adúltera, que fora pega no ato. A intenção desses homens religiosos era pegar Jesus em alguma contradição. Eles tinham em mente duas coisas que Jesus disse: (1) que não havia vindo para anular a lei, mas para cumpri-la e (2) que Jesus pregava o amor, o perdão dos pecados e a misericórdia. Assim, astutamente maquinaram que, se Jesus cumprisse a lei, que mandava apedrejar a mulher adúltera, Cristo estaria se contradizendo, porque então não estaria tendo misericórdia. E, se por outro lado, Jesus falasse que eles não poderiam apedrejá-la, então Cristo estaria descumprindo a lei.

Interrogaram a Cristo, mas o Senhor permanecia calado, escrevendo alguma coisa na areia. Insistiram ainda com Cristo, que, então, erguendo o corpo, disse que podiam apedrejar a mulher, mas disse também que um criminoso não podia condenar outro criminoso; era necessário que quem executasse a pena fosse inocente.

Cristo disse: "atire a primeira pedra quem não tem pecado". E voltou a escrever na areia.

Essa frase causou tamanho impacto nos corações e consciências dos religiosos, que, um a um, dos mais velhos aos mais moços, foram saindo do local. Eles entenderam que não podiam condenar aquela mulher, porque eles mesmos eram dignos de pena.

Saíram todos. Ficaram no local somente Jesus e a mulher adúltera. Ela estava calada. Jesus ergueu novamente o corpo, olhou e disse: "Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Ao que ela respondeu: "Ninguém, Senhor." Então Jesus lhe disse: "Nem eu te condeno. Vai e não peques mais".

Jesus, nessa ocasião, cumpriu a lei dizendo "atire a primeira pedra quem não tem pecado" e cumpriu o amor e a misericórdia quando disse: "Nem eu te condeno. Vai e não peques mais."

Hoje muitas pessoas estão vivendo em pecado e dia a dia são acusadas por outras pessoas e pelas suas próprias consciências. Mas Jesus, tendo cumprido toda a lei por nós, oferece o perdão. Todo aquele que se arrepende, seja adúltero, mentiroso, homossexual, praticante de prostituição ou de qualquer outro tipo de pecado; e se entrega totalmente a Jesus Cristo alcança a misericórdia. Os acusadores vão embora e não resta mais nenhuma condenação sobre o que era acusado.

Por isso, eu te digo agora: reconheça que você é pecador, se arrependa dos teus pecados e entrega a tua vida nas mãos de Jesus Cristo; mãos que foram furadas no Calvário em teu favor; e seja feito por Deus uma nova criatura, tendo o passado de erros lançado fora.

Se você ressuscitar com Cristo, nova criatura você será. Todas as coisas velhas se passarão e tudo se fará novo.

Jesus era o único que tinha o direito de apedrejar aquela mulher, porque era inocente. Mas, depois de haver cumprido a lei, sendo Deus, disse: "Nem eu te condeno. Vai e não peques mais".

(Rouver Júnior)

Casamento: belíssima união entre homem e mulher

No princípio, Deus criou os céus e a terra e todas as coisas que foram criadas. As obras das mãos de Deus foram perfeitas e tão aprazíveis que viu Deus que era bom. O Senhor criou todas as coisas para glória de Seu nome.

No sexto dia, como nos relata a Bíblia, o Criador de todas as coisas fez o homem, também com o intuito de ter o Seu nome adorado. Então, concedeu ao homem o domínio sobre todas as coisas na face da terra. Entretanto, viu Deus que o homem estava sozinho e não tinha companheira que estivesse ao seu lado, sendo amada, amando-lhe e lhe ajudando em todas as coisas.

O Senhor, em todo o Seu carinho e amor, fez cair um pesado sono sobre Adão e de sua costela fez a sua amada companheira, para conviver pacifica e amavelmente com ele. Quando Adão acordou, viu a mulher mais linda do mundo à sua frente, em seu coração a amava profundamente. Adão, vendo a sua mulher, declarou algo lindíssimo: que ela era osso dos ossos dele e carne da carne dele, mostrando, além do sentido literal, uma profunda comunhão em que os dois formavam apenas uma carne. Adão amava a sua mulher, que mais tarde chamou de Eva, porque era mãe de todos os viventes. Assim, o homem tinha uma companheira. Adão amava a Eva e Eva amava a Adão.

Essa união entre esposo e esposa é imensamente linda. E Deus fez para que assim fosse e permanecesse. Mas a mulher pecou, o homem foi cúmplice e pecou também e assim entrou o pecado no mundo. Todos os desastres da humanidade foram gerados por causa da desobediência humana.

Podemos ver hoje casamentos destroçados pela mentira, pelo adultério, pela falsidade, pelo rancor, pela indiferença e por várias outras calamidades. Pessoas amarguradas e com profundas frustrações porque foram traídas. Pessoas que colecionam tristezas e vão casando e separando, e casando e separando, muitas vezes, achando que agora encontrou a pessoa certa. Hoje há pessoas que menosprezam o casamento, essa união belíssima que Deus estabeleceu. Há pessoas que vivem uma vida dissoluta, vivendo como se estivessem casadas, mas sem realmente terem firmado o casamento perante Deus, colhendo os mais amargos frutos da prostituição.

A Bíblia nos afirma que um abismo chama outro abismo, isto é, uma coisa ruim chama outra ruim. Então, da união promíscua nascem brigas, separações, mortes, traições e uma gama vastíssima de outros abismos nos quais os que praticam o pecado caem.

As pessoas precisam entender que os pecados que praticam, além de irritarem a Deus, que fez tudo perfeito e para o bem, ferem a si mesmas. As pessoas se aprisionam com as algemas dos próprios pecados.

Continuando, a união entre esposo e esposa, depois do primeiro pecado, lá no Jardim do Éden, ficou prejudicada, e todo o tipo de mal foi praticado. Mas Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo para que, levando sobre si o pecado de toda a humanidade, durante toda a história, lavasse os pecados de muitos, trazendo muitos ao estado de novas criaturas.

Deus reestabelece o casamento desgastado pelo pecado, trás de novo o amor e o renovo à união matrimonial, faz o casamento ser feliz.

Muitas pessoas são infelizes no casamento, porque não firmaram em seus corações que Deus é o Senhor do seu casamento. Daí as traições, os adultérios, as mentiras, os medos, o descompromisso.

Tenho para dizer também que os adúlteros, os mentirosos, os que se prostituem e os traidores não irão para o céu, nem ficarão sobre a terra, mas serão lançados no lago de fogo.

Peço que você faça uma profunda reflexão sobre tua vida e sobre teu casamento. Deus te oferece o perdão dos pecados e a felicidade, e um casamento sólido em que há o genuíno amor entre esposo e esposa.

Com as tuas forças, você não conseguirá vencer a força do pecado, porque você é carnal e só se inclina para as coisas da carne, que são inimizade contra Deus. Mas com a força de Deus atuando em tua vida, você será mais que um vencedor.

Se você trai o seu cônjuge, ou está com o casamento arruinado, ou casou várias vezes na vida, se você é traído ou traída, ou tem medo de casar, ou acha que casamento é bobeira; se você vive uma vida íntima com uma pessoa e não é casada, vivendo em prostituição, ou ainda é homossexual, vivendo uma vida que corrompe o que Deus estabeleceu, tenho para te dizer que Deus quer que você conheça as Boas Novas de salvação e deixe a vida pecaminosa que você vive.

Se você quer deixar de ser adúltero ou de praticar a prostituição e a mentira, se você quer deixar de ser homossexual, entrega a tua vida verdadeiramente a Jesus Cristo e Ele te dará forças para abandonar toda a prática pecaminosa.

Tenho sinceramente de te dizer que se você permanecer no adultério, na prostituição, no homossexualismo, na mentira e em todo o outro tipo de pecado, você vai continuar na vida que leva, não vai entrar no céu e sobre você arde a ira de Deus todos os dias. Mas Ele te oferece a misericórdia, em Jesus Cristo, e o perdão dos pecados, pelo sangue de Cristo derramado por você na cruz. Deus te oferece a salvação. Arrependa-se e deixe Jesus fazer de você uma nova criatura.

(Rouver Júnior)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

II Simpósio Internacional Darwinismo Hoje

Aconteceu na Universidade Presbiteriana Mackenzie, do dia 13/04 ao 16/04, o II Simpósio Internacional Darwinismo Hoje, com a presença de estudiosos, como o Dr. John Lennox, o Dr. Paul Nelson e o Dr. Marcos Eberlin, dentre outros nomes importantes.

As palestras disponíveis para download ou para se assistir no site podem ser encontradas no link a seguir.

http://www.mackenzie.br/2_darwinismo_videos.html

Os formatos dos vídeos:

"Flash Video - FLV - 640x480 - 640Kbps
Windows Media - WMV - 320x240 - 320Kbps
IPhone/iPod touch - MP4 - 320X480
Salvar - Opção de Download - ZIP - Windows Media"

Apresentação e informações sobre os palestrantes no link seguinte:

http://www.mackenzie.br/2_darwinismo_apresentacao.html

sábado, 25 de abril de 2009

Está triste ou desesperado? Jesus te ama

O amor de Deus por você é inexplicável, é imenso, é infinito. Você é amado por alguém. Você é amado pelo Criador de todas as coisas, soberano sobre tudo, que sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder. Jesus te ama, não se esqueça disso.

Certa vez Jesus disse que era pra irem a Ele todas aquelas pessoas que estavam cansadas de viver, fatigadas com as circunstâncias da vida; pessoas maltratadas pelas dores de uma existência sofrida, pressionadas por males insuportáveis, abandonadas pelos pais, abandonadas pelos filhos, abandonadas pelo marido ou pela mulher, sem forças para deixarem de pecar, desprezadas pelos parentes, porque Ele, Jesus, com certeza traria alívio a essas almas cansadas e abatidas.

Cristo chamou a si os deprimidos, os apavorados, os desesperados, os doentes como os cancerígenos, como os que sofriam de problemas sanguíneos, os rejeitados, os que buscavam afogar as tristezas da vida no álcool do vinho ou de outra bebida inebriante. Cristo chamou a si os que queriam cometer suicídio por não aguentarem mais viver. Cristo chamou a todos os cansados e oprimidos. Chamou porque Ele iria com certeza aliviar tudo.

Hoje Jesus continua chamando a estas pessoas: "Vinde a mim". Se você está cansado e oprimido deixe a carga ser aliviada por Jesus, porque todo o peso do pecado, toda a compressão das enfermidades, todos os espinhos das angústias, todas as lanças das dores, Cristo levou sobre si. A tua dor, o teu sofrimento, o teu medo, a tua tristeza, Jesus Cristo sentiu por você. Na cruz Ele desimpediu a estrada da felicidade. Na cruz ele abriu os braços pra te abraçar hoje, num abraço que vence o tempo e as circunstâncias.

Jesus te ama, não se esqueça disso.

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." [Mateus 11:28-30]

(Rouver Júnior)

terça-feira, 21 de abril de 2009

MST entrando na casa dos outros

I

"A fazenda, que pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do Banco Opportunity, está ocupada desde fevereiro, em protesto que denuncia que a área é devoluta."

Esta afirmação pode ser encontrada no texto "Esclarecimentos sobre acontecimentos no Pará", publicado no site oficial do MST.

Os "Esclarecimentos" vieram por conta de acontecimentos noticiados pela rede Globo, que envolvem o grupo. A Globo informou que jornalistas foram feitos reféns e escudo humano, dentre os quais um integrante da TV Liberal, ligada à Globo. O MST, por sua vez, defende que foi vítima da violência dos seguranças. Seus integrantes (20) iam apenas pegar "lenha e palha" para repararem seus "barracos", quando tudo começou. Encontraram um funcionário da fazenda, contaram para ele o que estavam fazendo, o funcionário ofereceu-se para levar de caminhão as lenhas e palhas ao destino e mandou a "turma subir" (20 pessoas). O motorista avisou os seguranças da fazenda, que chegaram enquanto os sem-terra carregavam o carro. Os seguranças, armados, começaram a ameaçar os sem-terra. O "companheiro" Djalme Ferreira Silva foi obrigado a deitar-se no chão e depois preso e maltratado. Depois foi liberado. Etc. Sem palha e sem lenha, precisaram ir a outro lugar buscar o que já tinham preparado. Foram buscar palha e lenha. "Por isso, organizaram uma marcha e voltaram para retirar a palha e lenha, para demonstrar que não iam aceitar as ameaças."

Já na marcha, os marchantes pediram aos jornalistas para irem à frente para não atrapalhar. "Não havia a intenção de fazer os jornalistas de 'escudo humano'". A justificativa dada foi que os sem-terra não sabiam como seriam recebidos pelos seguranças, contudo, o texto do site do MST anteriormente diz: "os seguranças mandaram uma ameaça por Djalme: vão matar todas as lideranças do acampamento." Quer dizer, ficaram sabendo por Djalme, que havia sido preso e libertado, que os seguranças iriam matar os líderes sem-terra. Se isso fosse verdade, sem dúvida iriam esperando ser mal recebidos. Isto significa que a justificativa "Não havia a intenção de fazer os jornalistas de 'escudo humano', até porque os trabalhadores não sabiam como seriam recebidos pelos seguranças" não é válida. E, ainda, por que atrapalhariam se estivessem no meio do pessoal?

Quando os desarmados trabalhadores sem-terra, que portavam "apenas instrumentos e bandeiras do movimento", além de uma espingarda, chegaram à guarita dos seguranças, foram hostilizados com tiros. Etc.

Essa versão da história está de acordo com o texto do site do MST. Para mais informações, um estudo detalhado da situação é proveitoso. Contudo, quero deter-me, depois dessa história, apenas na afirmação da citação do início deste texto.

II

"A fazenda, que pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do Banco Opportunity, está ocupada desde fevereiro, em protesto que denuncia que a área é devoluta."

A partir do trecho citado, não é difícil de entender que os donos legais da fazenda não são os sem-terra, mas a Agropecuária Santa Bárbara. Além disso, compreende-se também que há aproximadamente dois meses a fazenda foi invadida pelos integrantes do MST. Estes, que não são os donos, justificam sua invasão dizendo ser a fazenda uma área desocupada.

Destaco o seguinte: os sem-terra invadiram uma casa que não é deles, não compraram, nem construíram. Ficaram por volta de dois meses nela e entraram neste sábado (18/04) em conflito com os seguranças da fazenda. Houve tiroteio e feridos: segundo o site do MST foram 9 sem-terra feridos, sem menção ao segurança; segundo O Globo, foram 8 feridos: 7 sem-terra e 1 segurança. Dentre os integrantes do MST feridos, um, Valdecir Nunes Castro, se encontra em estado grave.

Agora, imagine que, de repente, alguém entrasse na tua casa afirmando que tem um cômodo ali inutilizado e por isso o teu dever é aceitá-lo. O que você faria? Aceitaria o intruso de bom grado, porque, afinal, você realmente não utiliza o cômodo, apesar de tê-lo comprado? Acho que se você pudesse reagir, o expulsaria de tua casa. "Ora, que cara folgado é esse que invade a minha casa! Não uso o cômodo, mas posso precisar de usá-lo e, além do mais, eu que o comprei, não ele."

Quando o MST invade propriedade alheia a situação é semelhante. Como os seguranças tinham armas, atiraram para se defender. Os invasores não eram os seguranças, mas os sem-terra. Aliás, estes contaram com a paciência de dois meses. Imagine isso na tua casa.

O que o MST faz é crime. Se apropriar de bens alheios sem consentimento dos donos é roubo, seja o dono um simples cidadão, seja um milionário. Se é milionário por meios ilícitos, como o roubo, um crime não justifica outro. Ladrão que rouba ladrão é ladrão também. Assim, sendo o dono da fazenda um rico honesto ou alguém enriquecido desonestamente (eu não o sei, nem conjecturo), não há justificativa para que alguém lhe roube as propriedades.

Desejo, enfim, que os feridos se recuperem, tanto Valdecir Nunes Castro, quanto todos os pertencentes ao MST e também o segurança, que fazia seu trabalho de defender a propriedade. A respeito dos feridos pertencentes ao MST, desejo que se recuperem e, após, saiam desse movimento criminoso e combatam-no, porque invasão de terra tem grandíssimas possibilidades de terminar em morte e o crime não compensa.

(Rouver Júnior)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Morte e vida

Por um homem o pecado entrou no mundo e pelo pecado a morte, mas por outro veio a ressurreição e a vida. Quem são esses homens?

Deus criou os céus e a terra, os animais e tudo o que existe, incluindo o ser humano. Adão foi feito o primeiro homem vivente, a quem foi dada por companheira e adjuntora a carne de sua carne e ossos de seus ossos, Eva. Pela tentação de Satanás, Eva pecou desobedecendo a Deus e dando de comer do fruto que Deus havia restringido a Adão.

Por Adão entrou o pecado no mundo, por causa da desobediência, e, como o salário do pecado é a morte, entrou no mundo com o pecado a morte. Por isso que depois de Adão todos morreram. Não fosse o pecado o homem não morreria, porque não foi feito para morrer, mas para viver.

Assim, por causa de Adão todos foram feitos pecadores e destituídos ficaram da glória de Deus. Sobre a terra não havia um justo sequer. Como Deus não tolera o pecado, estando o homem afundado no lamaçal do pecado, a ira de Deus veio ardentemente sobre o ser humano, tanto homem quanto mulher.

Deus, sendo sempre Senhor Soberano sobre tudo e todos, poderia simplesmente aniquilar todo o homem de sobre a face da terra. Deus é Justo Juiz que se ira todos os dias e tudo está nas mãos de Deus, que tem poder tanto para colocar o homem no céu como para lançá-lo no inferno. E o homem respirava pecado e perversidade e Deus poderia, se quisesse, lançá-lo imediatamente no inferno. Mas Deus também é Deus de misericórdia. As misericórdias de Deus renovam-se a cada manhã. Todos os dias Ele se ira por causa do pecado, mas as suas misericórdias, que são a causa de não sermos consumidos, renovam-se ao nascer do sol.

Mas o ser humano estava no pecado e inevitavelmente seu destino era o inferno, não fosse a suprema e unicamente divina ação de Deus em favor dos eleitos, que escolhera desde antes da fundação do mundo.

Deus deu o seu único Filho para levar sobre si todos os nossos pecados e ser moído pelas nossas transgressões, suportando o castigo que era para nós e as nossas enfermidades. Jesus Cristo cumpriu toda a obra redentora perfeitamente, morrendo morte de cruz e ressuscitando ao terceiro dia.

Esse é o segundo homem, o segundo Adão. Por Adão entrou o pecado e a morte no mundo, por Jesus Cristo veio a ressurreição e a vida. Todos morrem em Adão, todos vivem em Cristo.

Mas a história poderia passar despercebida por você, leitor, se não fosse o que tenho para dizer agora.

Cristo cumpriu toda a obra redentora, cravou na cruz a nossa condenação e expôs publicamente os nossos derrotados inimigos. Contudo, para que a obra de Cristo faça a diferença na tua vida, você precisa abraçar a Jesus Cristo como o Filho de Deus, o Messias, o Salvador de tua alma, a expressa imagem de Deus e um com o Pai, entregando-lhe a tua alma e todo o teu ser. Você precisa considerar a mensagem da cruz em teu coração como a magnífica ação de Deus em teu favor. Caso contrário, você não receberá a graça de ser justificado pela fé em Cristo, porque resignadamente você não o quer, e de ser salvo pela graça de Deus. Você continuará debaixo do pecado, e da morte, e da ira de Deus, sendo inimigo de Deus pelo teu próprio entendimento, sendo trevas, escravo do pecado, marionete de Satanás, vivendo em uma vã maneira que por tradição você recebeu de teus pais.

A mão do Senhor Jesus ainda está estendida para te arrancar do charco de lodo, lavar-te de toda a imundície e firmar os teus pés sobre a rocha, fazendo-te um santo de Deus, alvo, puro, limpo, imaculado.

Para tanto, você precisa, amigo, de ter responsabilidade com a tua própria alma e arrepender-se dos teus pecados e reconhecer que você precisa de Jesus Cristo para ser salvo e viver realmente, porque, relembrando, pelo pecado entrou a morte no mundo. Todos os que estão no pecado estão mortos para Deus.

Por isso a expressão a ser usada agora é: Arrependa-te.

(Rouver Júnior)