domingo, 29 de novembro de 2009

Leitura de grandes livros: leia!

Ler é um diálogo. É como se sentássemos numa cadeira e do outro lado da mesa o autor, dedicadamente, se aconchegasse. Então, começa uma conversa que pode ser extraordinariamente produtiva. Posso escolher Platão para conversar sobre a sua concepção de justiça, Aristóteles para falar de retórica, Sêneca para falar da brevidade da vida e outros tantos, como Agostinho, Tomás de Aquino, Calvino, Lutero, Descartes, Locke, Kant, Husserl, Hume, Nietzsche, Marx, Sartre, Camus, e todos me diriam o que pensam ou deixam de pensar. Poderia assentar-me para observar a prodigiosa oratória de Antônio Vieira, ou Demóstenes, ou Cícero, etc. Quem sabe ouvir Camões narrar os feitos lusitanos e chorar a sua perda, buscar compreender o que os barrocos me dizem ou ainda escutar os arrebatamentos dos românticos; perguntar a Machado de Assis sobre o Conto de Escola, a C.S. Lewis sobre As Crônicas de Nárnia e seus textos teológicos, a William Craig sobre a cosmovisão cristã, a Dawkins sobre seu ateísmo religioso, ao pastor Hernandes Dias Lopes sobre pregação expositiva... E o que me diriam Dostoiévski, Tolstoi, Euclides, o geômetra, Pitágoras, Wittgeinstein, Saussure, C.S. Peirce, e Shakespeare, e Homero, e Racine, e Molière? Como Homero me descreveria bem as coisas! Como Shakespeare me explicaria sobre os Macbeth e A Tempestade! Dante me diria coisas extraordinárias, Petrarca recitaria sonetos, Castro Alves retiniria os versos negreiros, Pessoa fingiria ser outra pessoa, Drummond talvez falasse amargamente, Olavo de Carvalho bradaria, Mário Ferreira dos Santos explicaria sua Filosofia Concreta, Conan Doyle faria suspense sobre um caso de Sherlock, Jonathans Edwards e Charles Spurgeon pregariam seus potentes sermões e etc, etc. Ainda que eu não concordasse nem 5% com alguns deles, vale a pena ouvir a esses pelo menos por um pouco, para saber o que responder aos seus argumentos. Na maioria, tiraria grande proveito e conhecimento. Contudo, não dá para ler todos os livros do mundo, nem é importante, dialogar toma tempo. É necessário ler os melhores ou, como queira, os grandes, porque ler é uma conversa.

E a Bíblia? Todos os diálogos citados são fictícios; leio os livros e dialogo com as idéias, mas a Bíblia é interessantíssima, porque, trazendo-nos coisas grandiosíssimas, extremamente úteis para a vida e totalmente verdadeiras, lendo-a, podemos conversar de fato com o seu Autor, o próprio Deus, que nos ensina e nos instrui. Por ela, enxergamos o nosso Criador e o Redentor de nossas almas, o centro de todas as coisas, o princípio e o fim, a fonte de águas vivas, o Senhor dos senhores, que está acima de tudo e de todos e que reina eternamente. E mais. Não só o veríamos, mas poderíamos falar-lhe diretamente e perguntar-lhe o que diz a Sua Palavra, conhecendo o motivo pelo qual nos criou e nos impressionando com a imensurabilidade de seu amor, entendendo a altura, e a profundidade, e a largura, e o comprimento da caridade de Deus, sendo levados a um caminho mais excelente e vivendo em novidade de vida. Veríamos como a terra está cheia da glória de Deus!

Portanto, aqui fica meu incentivo: leia! leia muito! leia os melhores livros, mas, sobre todos, em primeiro lugar, leia a Bíblia Sagrada, que nos tem palavras de vida eterna!

Um abraço aos leitores desse blog!

2 comentários:

joana disse...

Bom dia
Parabens pelo seu post! A leitura deve ser sempre incetivada nas crianças,desde a mais tenra idade.Eu leio todos os dias,gosto muito de ler.O livro é uma boa companhia.Leio trechos da Biblia,confesso que é complicado entender,é necessario dar um passo atras ,e estarmos nessa época ,de Jesus.
Abraço forte
joana

Jelcimar Jr. disse...

Olá, Joana!

Muito obrigado pela participação e parabéns por ser uma leitora dedicada!

A leitura é uma prática que deve ser muito incentivada, porque ela é um estímulo para a mente, um exercício, e uma forma de adquirir conhecimento.

Quanto à compreensão bíblica, é necessário, sobretudo, a revelação do Espírito Santo em nossas vidas e, para um aprofundamento, é importante um trabalho de contextualização socio-histórica-filosófica-cultural.

É interessante que, como podemos literalmente conversar com o próprio Autor da Bíblia, podemos pedir-lhe o ensinamento do conteúdo do Livro dos livros, basta dirigir nosso pensamento a Deus e falar com Ele.

Um abraço, amiga.

A paz e a graça do Senhor e Salvador Jesus Cristo.