sábado, 30 de janeiro de 2010

Dr. Ives Gandra em entrevista ao Mídia Sem Máscara

O Dr. Ives Gandra Martins trata nos seguintes vídeos sobre "aborto", "células-tronco" e "carga tributária", dentre outros.



terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A negação de tudo


Quando a verdade é implacável, o homem nega a existência da verdade. Quando a moral é inflexível, o homem nega a existência da moral. Quando a razão é inconveniente, o homem nega a importância da razão. Quando Deus expõe a miséria humana, o homem nega a existência de Deus.

O ser humano fará de tudo para jogar o lixo de sua culpa para debaixo do tapete, e chegará mesmo ao ponto de negar a sua própria existência se ela lhe acusar de alguma forma.

Enquanto as pessoas não se dobrarem perante Jesus Cristo, arrependendo-se e confessando seus pecados, o que está torto nunca será consertado e a culpa do homem jamais será retirada. Mas, quando se trata de Cristo, o ser humano será capaz de negar tudo sobre Ele.

ADENDO: Graças a Deus que essa constante tem exceções benditas! Há todo um povo que se curvou perante o Senhor Jesus, dizendo SIM!

sábado, 16 de janeiro de 2010

O Evangelho que contraria


O Evangelho te contraria!

Você quer elogios, o Evangelho te exorta, você quer agrados, o Evangelho te repreende, você quer conservar as aparências, o Evangelho arranca as tuas máscaras, você quer viver na carne, o Evangelho te chama para viver no espírito, você quer o efêmero, o Evangelho te oferece o eterno, onde você quer vida o Evangelho te oferece morte, onde você quer morte o Evangelho te oferece vida, onde você tem esperança o Evangelho te desespera e onde você está desesperado o Evangelho te enche de uma maravilhosa fé. O melhor momento da minha vida foi quando eu fui francamente contrariado por Deus! Chega de evangelho que não muda ninguém!

Nicodemos disse:
- Mestre.
Jesus Cristo disse:
- Você precisa nascer de novo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O pão rasgado e o cálice derramado

Na instituição da Santa Ceia, Jesus Cristo pegou o pão, partiu-o e disse que aquele era o seu próprio corpo, rasgado em favor dos cristãos. O Mestre também pegou o cálice e disse que aquele vinho era o seu sangue, derramado pelos cristãos. O que isso significa?

Gostaria de chamar a atenção para o fato de que Jesus sabia que iria morrer em breve; sabia que a morte iria ser dolorosa (Ele conhecia a passagem bíblica que diz "ele foi moído"), sabia que iria levar o pecado de toda a humanidade, que viveu antes da encarnação de Cristo e que viveria durante toda a história, e, tendo em vista que algo representado perante nossos olhos ganha ênfase, o próprio Jesus representou a sua morte, partindo o pão e distribuindo o cálice, e destacou "esse é o meu corpo" e "esse é o meu sangue".

Quanto Jesus sofreu?

Se Cristo sofreu a culpa do pecado de toda a humanidade, cabe perguntar: qual o tamanho da humanidade? Com certeza, não é nem 6, nem 7 e nem 8 bilhões, porque temos mais ou menos isso hoje e não em toda a história. Conhecemos o que aconteceu a Abraão. Havendo lhe prometido um filho, Deus manda Abraão olhar para o céu e contar quantas estrelas existiam. Obviamente, ele não conseguiu. Assim, se algum dia alguém pudesse contar todas as estrelas, conseguiriam contar também a descendência de Abraão. Os filhos de Abraão seriam tão numerosos quanto as estrelas. Outro tanto, antes de receber o perdão de Deus, cada pessoa traz culpas dentro de si. Cada atitude errada que tomamos e cada palavra insensata que dizemos nos trazem muitas vezes uma grande culpa no coração. Muitas pessoas sofrem desesperadamente, por haverem cometido erros no passado e há pessoas que chegam ao suicídio por causa da culpa. A culpa incomoda e maltrata. A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus e que não há um justo sequer. Cada culpa é uma culpa, cada pessoa, antes do perdão de Cristo, carrega culpas em seu coração e a humanidade é tão numerosa (ou mais) que as estrelas do céu. Havendo Jesus, Cordeiro imaculado, sem culpa alguma e sem pecado algum, levado os pecados de toda a humanidade e as consequentes culpas sobre si, podemos perguntar: "Quanto Jesus sofreu?" Por isso, no Jardim das Oliveiras, Jesus, o Filho de Deus, pediu ao Pai que, se possível, passasse dele aquela dificuldade, contudo, que fosse feita a vontade do Pai e não a dele e por isso Jesus suou sangue. O sofrimento de ordem espiritual foi muito maior do que o de ordem física, ainda que este tenha sido altamente doloroso. E tudo isso foi por nós, para que tivéssemos vida. Os pecados que eu pequei e os pecados que você pecou estavam sobre Jesus na cruz.

Tendo Jesus feito tanto por você, o quanto você tem valorizado o sacrifício de Cristo? O quanto você tem se desprendido dos seus caprichos por amor ao majestoso Salvador? Você tem ao menos pensado em Jesus? Você já deixou a sua vida de pecados por causa do Senhor? Para isso Ele sofreu tanto.

Que Deus possa nos fazer lembrar mais do que Jesus Cristo fez por nós e de quem Jesus Cristo é, e, assim, que nós possamos clamar a Deus que mude para melhor a nossa conduta perante Ele.

ADENDO: Jesus ressuscitou e assim, quem morre com Cristo para o mundo, ressuscita por Cristo para Deus.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Cheiro de vida e cheiro de morte

Conhecer a Jesus Cristo é como sentir um cheiro muito forte. Você pode gostar, mas pode também se sentir tão contrariado e tão desconsertado a ponto de odiar o momento em que alguém lhe falou de Jesus. Vai depender se você é salvo ou não. Cheiro de vida para uns, para outros, cheiro de morte.

Certa vez, voltando da universidade à noite, sentei-me num banco de terminal de ônibus e abri um livro. Ao meu lado, noutro banco, um homem começou a ouvir alguma banda de rock. Tentei ler, mas Deus me incomodava para que pregasse o Evangelho a ele. Comecei a falar-lhe então acerca das música que estava ouvindo e como, antes de minha reconciliação com Deus, eu escutava bandas de rock também. Citei algumas, como Iron Maiden, Black Sabbath, Angra e Helloween. Testemunhei sobre o que Deus havia feito em minha vida, como me transformou, como me arrancou de uma grande tristeza. Já dentro do ônibus, prossegui falando-lhe a Palavra de Deus, argumentando sobre assuntos relacionados à sua vida. A certo momento, extremamente incomodado com a verdade divina, o homem me disse que preferia não ter me encontrado, porque eu estava certo e agora ele não conseguiria dormir: ficaria pensando na Palavra de Deus. Disse-lhe que estava então satisfeito. Ele desceu e eu prossegui o trajeto.

O que aconteceu? meu amigo foi confrontado com a verdade e ficou muito contristado, porque viu como estava errado. Ninguém fica indiferente perante o conhecimento de Jesus Cristo. Para os que se perdem, ouvir de Jesus é extremamente desagradável, pois a Palavra de Deus aniquila o orgulho do homem, fuzila a sua soberba, destrói toda a auto-confiança e toda a auto-estima, para que o homem confie e estime somente a Deus. A Palavra é um espelho, que mostra o real estado do indivíduo, e ninguém gosta de se ver como um miserável. Mas a tristeza causada por Deus é boa, porque gera arrependimento e reconciliação.

O conhecimento de Jesus Cristo, para os que se perdem, é cheiro de morte para morte, mas para os que se salvam, cheiro de vida para vida. Que você, leitor, possa sentir cheiro de vida para vida, se não agora, porque está contristado pela Palavra de Deus, em breve, quando estiver já transformado numa nova criatura.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Rápidas impressões sobre livros lidos em 2009 [5]

Vieira: sermões
Pe António Vieira

Essa obra contém três sermões de António Vieira: "Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", "Sermão do Mandato" e "Sermão da Sexagésima". Vieira possuía uma oratória potente e altamente literária. Seu estilo é claro e belo e as frases do discurso, geralmente curtas e sentenciosas, conservam proporções geométricas. Vieira expõe, disseca, distingue, explica, conclui, numa oratória realmente grandiosa. Seu estilo senecano é utilizado para construção de uma grande obra humana. E acentue-se o "humana".

No "Sermão Pelo Bom Sucesso", Vieira se volta para Deus e tenta colocá-Lo contra a parede, no intuito de fazê-Lo defender o católico Portugal contra os ataques dos calvinistas da Holanda, tidos como hereges por Vieira. O padre barroco usa de ironia para com Deus e utiliza trechos bíblicos por vezes tomados em acepção errada. Sem muitas palavras, basta dizer que seria melhor Vieira não haver pronunciado tal sermão ou que se dirigisse a Deus com mais humildade.

No "Sermão do Mandato" temos uma bela dissertação acerca do amor e de seus encarecimentos e diminuições. Porque Cristo sabia o que estava fazendo, parecendo que não sabia, amou finamente; e porque os homens não sabiam o que estavam fazendo, parecendo que sabiam, foram finamente amados por Cristo. Saber o que é o amor, aonde levará, quem são as pessoas amadas e conhecer-se a si mesmo encarecem em muitos graus o amor de quem ama. Cristo sabia tudo.

O "Sermão da Sexagésima" é uma bela exposição da Arte de Pregar. Primeiro, baseado na Parábola do Semeador, Vieira constata que a culpa de as pregações não estarem fazendo fruto atualmente, não é de Deus, nem dos ouvintes, mas dos pregadores que não pregam o verdadeiro evangelho, que é a preciosa semente. Depois, António Vieira passa a dissertar sobre a boa pregação e sobre os fatores importantes para o sermão: a pessoa do pregador, a ciência que tem, a matéria de que trata, o estilo que utiliza e a voz com que fala. Vieira aproveita também para disferir golpes contra a oratória afetada e obscura de certos padres seus contemporâneos.

O estrangeiro
Albert Camus

Romance existencialista de um filósofo e escritor existencialista. O personagem principal, Mersault, passa por diversas situações difíceis e importantes na vida, como a morte da mãe, a sua prisão e o seu julgamento, mas perante todas elas não demonstra a mínima preocupação, antes, pelo contrário, assume uma postura indiferente e indolente. Ele quer simplesmente existir, sem preocupações morais ou essenciais, sem culpas e sem formalismos, numa existência absurda, em que nem a vida, nem a morte fazem sentido. Tudo terminará em nada. Esse é um bom livro para quem deseja começar a compreender a filosofia existencialista.

Próximas impressões:
- Arte Poética / Aristóteles
- Estética / Kathrin H. Rosenfield

Impressões [1], [2], [3], [4].

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Rápidas impressões sobre livros lidos em 2009 [4]

Da Liberdade do Cristão - Sincera Admoestação - Da Autoridade Temporal
Martinho Lutero

Martinho Lutero foi por algum tempo de sua vida professor de filosofia e monge católico. Sua visão de mundo mudou drasticamente quando descobriu as verdades do evangelho, como a justificação concedida gratuitamente por Deus ao homem mediante a fé em Jesus Cristo. Isso o libertou das amarras que o prendiam e fez dele um dos grandes reformadores da história do Cristianismo. A princípio, ainda monge, Lutero buscou a reforma interna da Igreja Católica, escrevendo alguns textos importantes, como as conhecidas 95 teses, afixadas na porta da Catedral de Wittenberg para debates entre os católicos. A fama do texto correu e o conflito teve início, uma vez que a liderança católica o rejeitou.

Em "A Liberdade do Cristão", Martinho Lutero argumenta que o cristão é livre e servo ao mesmo tempo. Segundo o homem interior, totalmente livre, dependendo somente da Palavra de Deus para a sobrevivência. Segundo o homem exterior, servo, porque necessita de submeter seu corpo à disciplina, evitando os excessos da carne, e precisa também de ser para o próximo como Cristo foi para o mesmo cristão. Em favor de si mesmo, livre, em favor do próximo, servo. Assim, o reformador opunha-se à instituição católica em vários sentidos, dentre os quais a idéia de que a igreja poderia vender o perdão, através das indulgências, e conceder assim a salvação do homem ou lavrar a sua condenação. A excomunhão era a forma da segunda. Esse texto continha um caráter pacificador, porque Lutero era ainda monge.

Em "Sincera Admoestação", já separado da Igreja Católica, o líder reformador admoesta os cristãos que se afastassem e evitassem qualquer tipo de revolta, uma vez que enxergava o alcance de suas argumentações. O perigo de um contra-ataque violento por parte da Igreja Católica era iminente, mas Lutero duvidava que houvesse e pregava que o papa deveria ser destruído através da palavra e não da força física. Uma vez que ele fosse desacreditado, estaria vencido. Lutero considera o papa como um servo de Satanás. Esse texto marca uma fase após a ruptura e o reformador não poupa veemência.

Em "Da Autoridade Temporal", Lutero examina quais são os limites da obediência devida ao poder humano e a sua necessidade. Se todos fossem cristãos verdadeiros, vivendo em amor, não haveria necessidade do poder temporal, porque ninguém buscaria o mal do próximo, mas sempre o bem, e todos viveriam em alegre liberdade. Contudo, como muitos não são cristãos, o poder temporal é altamente necessário, porque regula as relações humanas por meio da coerção, impedindo os maus de prejudicarem o próximo. Esse texto é altamente polêmico mesmo entre os cristãos, porque, baseado no trecho bíblico que afirma que todo o poder humano é constituído por Deus para punição dos maus e louvor dos bons, trazendo a espada aos maus, é defendida a pena de morte. O cristão poderia mesmo trabalhar como carrasco caso fosse convocado. A única condição é que ao tirar a vida dos réus ele não o fizesse por vingança ou proveito próprio, mas buscando zelar pela segurança dos que estariam indefesos caso não existisse o poder temporal.

O cão dos Baskervilles
Sir Arthur Conan Doyle

Romance policial de Sherlock Holmes. Texto envolvente e recheado de mistérios, que provoca a dúvida entre o natural e o sobrenatural como fontes do caso investigado. Sr. Holmes é um detetive de um raciocínio lógico-dedutivo incomum, porque de detalhes e de situações simplórias consegue extrair conclusões de extrema importância na resolução dos casos. A estória, narrada pelo dr. Watson, caminha gradualmente para o desfecho, que, é claro, eu não vou contar. O texto prende bastante a atenção, mas merece a importante ressalva de que Conan Doyle coloca nos lábios de Holmes uma curta apologia à reencarnação ao tratar das fisionomias ao longo da história de uma família. Diga-se, a nível de informação, que Conan Doyle era espírita.


Próximas impressões:
- Vieira: sermões / Pe António Vieira
- O estrangeiro / Albert Camus

Impressões [1], [2] e [3].

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Igreja: um corpo bem ajustado

Uma das coisas mais lindas que eu vejo na igreja é que as pessoas se reúnem em torno de um único objetivo. Cada um faz o que sabe. Os que sabem cantar usam suas vozes para entoar lindos cânticos de louvor a Deus, os que sabem tocar instrumentos tangem as cordas, ou pressionam as teclas, ou rufam os tambores, ou assopram; os que sabem pregar apresentam sermões; os que não sabem dizer muita coisa, mas que se sentem muito alegres por causa de Jesus dão seus testemunhos das coisas grandiosas que Deus lhes fez e, por vezes, alguém pode dizer "isso não tem muita importância", mas tem! Há sempre as irmãs da cozinha, os responsáveis pela cantina, o irmão que limpa os bancos. Nos cultos mais alegres há gente cansada e bocejando, mas estão ali; há gente desanimada recebendo de Deus ânimo; há gente que por vezes desvia os pensamentos para longe do culto, mas também estão ali! Todos reunidos por causa de um só nome, todos em comunhão para engrandecer um só Senhor. E para além do caráter humano do ajuntamento, há um vínculo espiritual de paz que interliga uns aos outros numa unidade, num verdadeiro corpo, o corpo de Cristo. Penso que Jesus olha para o pregador com seu sermão preparado, pronto para falar, os instrumentistas tocando uma harmonia fluente, os vocalistas cantando uma inspirada canção, os cansados bocejando, as irmãs cozinhando, o operador de som se dedicando para os microfones ficarem em bom volume, e todos os outros presentes no culto, e se alegra, e fica satisfeito. Tudo isso Jesus conseguiu na cruz. Ele ressuscitou e por isso nós nos reunimos!

Quero nesse primeiro dia do ano homenagear a todos os meus irmãos que congregam comigo, na Igreja Assembléia de Deus em Rosa da Penha, e também a todos os irmãos que não estão presentes no mesmo templo, mas que, por serem irmãos, estão ligados à cabeça, que é Cristo.

Obrigado, Deus, pela grande família que eu tenho!