quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A simplicidade da oração

Para pregar, estuda-se a retórica; para cantar louvores existe a música; para representar um papel no grupo de teatro da igreja, pode-se estudar artes cênicas. Para todas essas coisas existem escolas, mas não existe nem técnica nem escola para a oração. Você dobra os joelhos, seguindo o exemplo bíblico, ou ora em pé, ou sentado, ou deitado, e abre o seu coração, e se derrama aos pés de Jesus Cristo, como aquela mulher que derramou perfume e o enxugou com os cabelos. Você desce e se humilha, e se alegra, e louva, e agradece, e chora, e ri, e pula, conversando com Deus. Alguém se matricula numa escola de balé, mas ninguém estuda oração. Um detalhe fundamental, porém, é que a retórica, a música, as artes cênicas, a coreografia, não podem tocar o coração de Deus por si mesmas; elas carecem da oração. Estude retórica e não ore e os seus discursos serão belos, mas mortos. Conheça a música e não ore e os seus louvores serão fachada. Aprenda como se representa com perfeição, mas ore. Faça a coreografia com excelência, mas saiba dobrar os joelhos e clamar a Deus. A oração é simples como um diálogo, mas poderosa em seus efeitos.