Todas as coisas que conhecemos têm semelhanças entre si. Até as mais díspares, se não se assemelham em mais nada, participam pelo menos da existência - elas existem - de modo que é possível comparar qualquer coisa com qualquer coisa. Assim, muitos se maravilham pelas semelhanças entre o homem e o macaco. Eles dizem: "Não é possível! Eles têm de ter um parentesco!"
É claro que há semelhanças. A mãe macaca também cata piolhos. Porém, se observarmos atentamente, as diferenças é que impressionam. O macaco tem duas mãos como às do homem, mas a quantidade de coisas que o homem faz com elas é excepcionalmente maior. O macaco quase não faz nada, o homem pinta um quadro, desenha a planta de um prédio, escreve um poema, costura, se comunica através de gestos e mesmo por determinado sistema linguístico (LIBRAS, no Brasil). O macaco pode ser condicionado a alguns comportamentos, mas é o homem quem o condiciona. O macaco pode colher bananas com as suas mãos, mas o homem planta bananeira. Se o ser humano tem semelhanças com o macaco, também o tem com uma galinha, um pássaro, um elefante. Mas em momento algum isso demonstra ancestralidade ou árvore genealógica comum, como o fato de uma pedra existir não comprova que em algum momento da história o ser humano foi seu parente próximo.
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